12/09/2024

Projeto Dream, episódio 334

> 01/02/2272; Ryunato, Japão; Universo 255-P
 Hora da faxina! Kara Rika e Kireiin Iedamu estão organizando e limpando o prédio principal do construto oriental, enquanto Piccu, sabendo da tal irmã de Pattarak, usou de um portal pro reino de Amon pra conhecê-la, o que embora demorasse mais que o suficiente pros dois magos faxineiros completarem o serviço, combinando materiais comuns de limpeza com magias que tornassem as coisas mais fáceis ou então instantâneas, no tempo terrestre não parecia ter passado realmente muito tempo.
 Kireiin é uma feiticeira azul assim com uma roupa de empregada azul com peças brancas, e uma máscara de pedra condutora de magia, um espanador que ela usa na verdade é uma varinha mágica, que além dela controlar feitiços por ele, também emite uma magia purificadora que elimina tudo que é sujo, seja de móveis ou seres, assim como algumas armas armazenadas foram purificadas também, e falando em móveis, esse prédio é bem longo e alto, de 203 metros e 52 andares incluindo o térreo, tão alto que operários especiais, incluindo os heróis e as Yoseis, têm acesso de portais secretos que levam aos andares imediatamente quando abertos.
 Num desses andares, o andar 37, a Kireiin inclusive achou o seu livro de receitas Cooknomicon, que possui esse nome porque, no meio dessas páginas, havia algumas que ensinam e anotam magias em vez de receitas normais, as quais ela usa normalmente, embora uma outra magia que ela tenha por si própria seja o Compliance, em que assim como é possível magos controlarem leis de suas próprias magias pra, em vez de custarem de sua própria liberdade e espírito, realizarem magias ao cumprirem essas leis, ela pode aplicar leis mágicas na realidade, embora a extensão dependa muito do espaço aplicado, limitado às salas que ela está controlando.
 No entanto, uma lei que ela tinha aplicado no prédio com o Compliance é que, pelo menos para Iedamu, esses portais pudessem ser usados, qualquer portal, para acessar qualquer andar, diferente do normal em que cada portal é programado pra algum andar definido. Kara Rika sente os corvos agitados perto do andar que tá e, vendo pela janela, um tufão enorme estava chegando até o litoral em que estão, Kara Rika envia mensagens pros outros membros da equipe, e embora quem tenha atendido seja Jade, que está junto de Delfim, Nokoton e Enily no Oriente Médio, pôde enviar Lenia pra lá a partir de um portal de grande porte pro prédio, em que Kara Rika avisa sobre o que eles precisavam fazer, e Lenia, embora não falasse, expressa que irá conseguir.
 O tufão é impedido, os ventos era muito fortes, trovões eram ouvidos, e os civis eram instruídos a evacuarem da região para evitarem danos, principalmente se realocando para ou a partir de instalações subterrâneas construídas pelo construto como medida de segurança, mas Lenia tinha poderes mentais e energéticos maiores que aquela força da natureza, e depois de, controlando o vento, neutralizar aquele efeito, ela se sentia extremamente fraca, Oreji que estava no patrulhamento socorre Lenia, que como tava levitando no alto, ia cair também muito alto, e o leva pro Kara Rika, que a coloca no dormitório e, com a magia de sono, aquilo deixava de ser só um desmaio pra agora ser um sono profundo e recuperador.

> An-Najaf, Iraque.
 Jade, paralelamente, está ajudando a impedir uma guerra civil em Najaf, seja ela mesma usando magias de campos de força energéticos que ricocheteavam balas contra os terroristas, ou Delfim emitindo água pra hidratar o grupo e não dependerem muito de sombras pra se esconderem do sol ou de fontes de água pra se hidratarem, e aquele espírito guerreiros também era bem útil, rebatendo balas com os seus socos e também quebrando as metralhadoras dos soldados.
 Guerra civil essa está acontecendo por causa da chegada da organização terrorista Ahmard'um, uma organização terrorista islâmica que esteve anos tentando dominar o Iraque, ficando cada vez mais forte e ameaçadora, precisando da ajuda do construto. David Alejandro foi convidado inicialmente por Jade pra resolver o caso, por ideia de seu sobrinho Oreji, mas David não atendeu nenhum dos chamados, seja telefônicos ou telepáticos, da própria Jade. Nokoton controlava a areia e chegava a modelá-la, junto do concreto das casas e templos, como ataque contra um dos soldados que tentou atacar ele e também alguns civis, esmagando o terrorista e o soterrando na areia. Apesar do clima tenso daquela guerra, isso não tava acontecendo no meio do nada ou longe do centro, pelo contrário, os quarteirões estavam com os soldados iraquianos contra os terroristas de Ahmard'um.
 O exército americano chegou, com os drones terrestres localizando e identificando os alvos, e sabendo daquilo, Jade envia um comando pra que todos que tiverem chance se escondam e se tranquem em locais seguros, enquanto Delfim e Enily, transformada em sua forma meio dragão, enfrentavam um mecha da organização. Delfim disparava raios de água, concentrando a umidade do ar e a própria água que ele materializava, era insuficiente, aquela máquina é muito resistente a água e os cortes tinham que ser nas juntas pro dano máximo, mas a Enily, mais forte, conseguiu até mesmo arrancar um braço do robô, o que parecia não adiantar pois o mecha era bombardeado por um dos aviões enviados, soldados eram enviados e seguiam pra eliminar os soldados restantes, que já eram poucos.
 Daniela chega pra ajudar, escondida em um tipo de manto com capuz com a estampa da bandeira dos Novos Estados Unidos, e sabendo que aquilo tinha acabado, se decepcionava com o atraso.
Daniela: Droga, eu queria ajudar mais que isso.
Jade: É que sua chegada foi muito lenta, moça, sem ofensas.
Daniela: Você sabe mais alguma coisa? Sequestros? Colegas em perigo?
Jade: Preciso dos seus soldados no Norte, o prefeito tá em perigo, e mais naquela direção tem um mecha enorme largado lá, você consegue rebocar aquilo?
Daniela: Beleza, a gente resolve.
 Daniela e Jade apertam as mãos e cada uma ajuda um grupo: Jade opera com os soldados americanos, já avisados por Daniela sobre o que fazer, enquanto a própria Daniela, indo inicialmente ao mecha, se depara com a Enily em perigo e segurando o robô sobre seus ombros e costas, ela via o quão perigoso era aquilo só de ver o robô, não por ser maior que um mecha normal, mas por ter algumas estruturas vermelhas vibrantes demais pra peças tão sensíveis pintadas de vermelho, era Rubimanto, e Daniela empurra a Enily daí e, segurando o mecha com dificuldade, a mandava se afastar.
Enily: Senhorita, acho que você...
Daniela: Relaxa, garota, não tamo aqui pra roubar crédito, vocês que pediram a ajuda.
Enily: Hã? Mas isso é muito pesado.
Daniela: Cara de peixe, você, tira ela daí.
Delfim: Eu sou um golfin-
Daniela: Anda!
 Delfim, assustado, corria e levava Enily longe dali, a carregando sob o braço, e Daniela, girando o mecha, o derruba, embora não propositalmente, com força suficiente pra levantar muita areia e tremer a área, enquanto os soldados emboscavam os últimos membros daquela organização na cidade e tinham os alvos na mira, o presidente parecia ainda em perigo, mas Jade se concentra e, telecineticamente, o puxa ao alto, e depois até ela, e ela o segura, o levando dali.
Presidente: Obrigado, moça, e... por que você tá usando pouca roupa?
Jade: Isso não importa, e...
Presidente: O que? Peraí, ela ainda tá falando, vocês tão mexendo a boca mas não tá saindo nad- Ah!
 Jade tirou a audição do presidente por uns segundos pra que ele não ouvisse os tiros, e doeu só um pouco quando a audição voltou, os soldados saem, com poucos feridos, porque mesmo eles tendo armaduras tecnológicas especializadas, como as armaduras magnéticas que têm funções não-newtonianas de endurecerem com o impacto, tornando golpes físicos impossíveis, algumas das balas daquelas armas da Ahmard'um tinham uma nanotecnologia anti-elementar que desintegrava objetos, mesmo que muito duros, ou em outros estados físicos ou muito pouco materiais. A missão estava cumprida.

> 02/02/2272; Liberdade, Novíssima Iorque.
 Margot Pumpkin seguia triste em seu cotidiano, ela acabou de fazer as compras, seja pra si o que tá na sacola, ou pra padaria que tará pra ser entregue lá daqui a umas horas, e tava voltando pra casa, mas uma daquelas criaturas estranhas, meio cavalos e meio artrópodes, estava perambulando à procura de "algo", que Margot, não sabendo o que aquele ser queria mas sabendo bem do que se trata, chega à sua padaria, que fica no andar térreo de seu lar, deixa sua sacola na cozinha e tentava fazer o seu almoço, e enquanto comia a refeição agora pronta, ouvia a notícia de que aquele ser meio cavalo e meio artrópode estava atacando a cidade, e ela se sentia... estranha, é como se algo a chamasse pra resolver aquele problema.
 Margot saía do portão de sua padaria por um momento e vê a criatura, remexendo um carro junto com uns passageiros, e ultrajada daquilo, embora se escondia, com dúvida se tinha mesmo chance contra aquela coisa, e quando ela apertava a joia em seu colar, e saía uma lágrima, enquanto ela lembrava de seu marido Freddy, inclusive sussurrava seu nome pra si, uma aura alaranjada a cobria e transformava suas roupas.
 Senhorita Pumpkin gritava de pânico, mesmo que as roupas cobriam o suficiente e o que podia e fosse justa, tão confortável que parecia parte de seu corpo e também bem leve e justa, não se enroscando em nada, ainda assim era muito sensual, e ela, devota e reclusa, nunca aceitaria aquilo.
Margot: Ai, meu Deus! Eu tô pelada? Só que... eu não tô tanto... Ai, droga, tem um bicho sendo horrível aqui, e eu tô preocupada com minhas vestes? Pensa rápido, Margie...
 Margot aparecia na frente da criatura usando a sacola das compras, com furos pra dar espaço aos olhos, e ela apontava pra criatura, a provocando.
Margot: Parado aí mesmo! Eu tô cansada de fugir e sei que tenho um poder que lhe pertencia.
 A criatura olhava pra Margot e, mesmo aquela roupa sendo meramente algo que a joia só transformaria pra humanos, tinha padrões similares ao de um dos soldados transformados de antes, como partes laranjas anexadas ao corpo e símbolos de abóbora, embora esses agora cobrindo seus peitos, e como nenhum atacava nenhum, ficava esse suspense no ar, o público apontava seus celulares, apontava e tirava foto, Margot ficava envergonhada e colocava seus braços na frente do busto.
Margot: Hã, o que!? Parem de tirar foto! Isso é sério!
 A criatura, sabendo da situação da Margot, ia até ela pegar a joia com suas garras, mas Margot, de imediato e mesmo sem controle das suas defesas, contra atacava com um golpe de mão aberta que afastava a criatura, enquanto uma parede feita de abóbora surgia, a criatura tenta chegar até a Margot, contornando a barreira, e então, isso se torna uma luta física, de Margot, improvisando enquanto a joia aparentava guiar o que ela precisava fazer, criava chicotes de raízes que atacavam fisicamente à distância, inclusive arrancava uma das patas da criatura, embora a mesma regenerasse uma nova no lugar.
Margot: Droga... Agyo relatou que tinha umas boas pessoas ajudando ele, quando será que elas vêm?... Não, se eles não vierem a tempo, eu tenho que resolver!
 A criatura, sabendo que não tinha chance, recorre a seguir as pessoas e as segurava, as apontando pra Margot como seus reféns, mas Margot, ainda pensando em ajuda, acaba inconscientemente chamando alguns cães, sejam eles de rua ou mascotes das civis capturadas, eles mordem as pernas até cortarem os pés do monstro, o fazendo cair, e pra piorar, uns pombos, também sentindo o chamado de Margot, voavam perto de lá e urinam precisamente na cara da criatura, os cachorros saíam do caminho, agora com um aviso consciente da Margot.
 Hope e Dan, quem a Margot tava pensando sobre, na verdade não sabiam sobre essa tal situação dela, pois estavam ainda consultando Robert Puzo, que estava no fim da internação, se recuperando, enquanto Hector, um dos que tavam fotografando Margot, estava impressionado com o poder dela e, empenhado em ajudar, depois de desligar seu celular, chegava teleportando perto deles, e com uma magia de guilhotina (um tipo de magia de corte altamente preciso, afiado e forte), cortava a cabeça da criatura, baseado em como os golpes com mais chance de matar aqueles seres envolvia destruir a ligação vertebral daquelas coisas. Depois daquilo, Hector tenta se comunicar mentalmente com ela, completado com linguagem corporal pelas mãos, não sabendo se ela sabia algum idioma de sinais.
Hector: Não se preocupe, eu também sou um dobrador de magia como você.
Margot: Você tá falando por onde?
Hector: Linguagem telepática, entendida universalmente, já que alcança diretamente o subconsciente, algum dia você aprenda.
Margot: Acho que você tá usando isso porque não fala pela... Ah, já sei.
 Margot era uma aluna exemplar em tempos de escola, e tinha algumas amigas surdas com as quais, pra conversar diretamente, aprendeu idiomas de sinais e passou a conversar só com elas por muito tempo, e antes de conhecer Freddy e formarem a sua padaria juntos, ela ajudava professores como uma intérprete de libras, e embora ela não soubesse que fosse próximo a Hector, ela também já ouviu falar de um tal R. Puzo.
 Com isso, Margot conversa com o Hector agora pelas mãos, o que impressiona Hector, e eles falando pelas mãos, se entendiam bem, e então Margot, emocionada em alguém que tivesse se entendido bem com ela essa semana e que pudesse a ajudar com magia, tira a sacola de sua cabeça, mostrando seu rosto, e eles se abraçam, Hector se sentia extremamente bem com aquele abraço, enquanto Margot se destransformava, ficando com sua roupa original.

Continua>>>

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