> 16/04/2272; Las Vegas, Novo México; Universo 255-P
Jane e Aline saem da casa da família Scarlet-Galdrich pouco depois do almoço de meio dia, e visitavam a base do Muramasa, em que pelo menos o Charles e o Alyx já estavam de volta e ajudando uns faxineiros e zeladores com serviços menores, porém, durante aquelas viagens, um estoque considerável de café, o suficiente para que desde a base tenha café por 5 meses, seja pela quantidade ou por um aditivo especial que estende a validade do café, dessa vez estava somado com mais dois pacotes que na verdade foi uma sugestão do Tankanar, que o Charles seguiu quando foi pro estado de São Paulo do Brasil.
Alyx: Charles, como você conseguiu tanto café dessa vez?
Charles: No Brasil o café é bem barato e até ótimo na verdade, mas sabe, desses pacotes só precisarei levar dois, porque o Tankanar pediu pra levarem um pouco desse café pras Larapink.
Alyx: Desde quando você começou a se importar com as Larapink? Quando a gente falava sobre elas antes você nunca tava por perto.
Charles: Não é pela amizade, não pela minha no caso, mas sim porque o Tankanar que se importa mais que me mandou.
Alyx: Falando em se importar, você lembra onde foi parar aquele artefato de memória amada?
Charles: Qual?
Alyx: Eu não usei muito, mas fiz a partir da foto do meu irmão.
Charles envia pro interfone com a secretária um pedido pra ajudarem o Alyx a conferir os artefatos mágicos e também guia o Alyx pra também ir atrás com melhor orientação, enquanto o próprio Charles usa seu Sternavagen customizado (e restaurado depois de levar a uma equipe funileira hunkaliana que pôde corrigir as quebras, e que o Tankanar pagou pelo Charles, principalmente em martelinho-de-ouro e restauração das portas e vidros) pra visitar o Clube do Livro Larapink, e o grupo da Alex só reconheceu o tipo de carro por terem visto um que a Elen Magni dirigiu e mandou vídeos pra ela, e ela tava até imaginando que algum hunkaliano ou uma hunkaliana ia sair do carro porque não deu tempo de ver a partir do para-brisa, mas ela fica surpresa de ter saído um humano até que familiar dali.
Avamma: Algum problema, mestra?
Alex: Ah, um colega veio pra cá, vou na frente conferir.
Alex sai da cozinha onde tava e acompanha o Charles, inclusive quando o Charles ia entregar os sacos de café em pó...
Alex: Hmm? V-você me deu... café estrangeiro? Isso tem um significado?
Charles: Não, eu comprei enquanto tava dando volta ao mundo e aquele nosso amigo careca recomendou que eu trouxesse, mas depois disso tenho que ir.
Alex: H-hã? Eu posso retribuir?
Charles: Não precisa, na verdade não sei bem o que você poderia... retribuir.
Alex: Sabe a biblioteca nossa ao lado? Tem algum livro que precisa carregar?
Charles: Eu não sei, você pode me guiar pra lá.
Alex: Mas é claro.
Carla: Oh, Alex, hoje me deram uma folga e...
Alex: N-não é o que você tá pensando!
Charles: Ok, da onde brotou a coadjuvante antiga que é namorada da coadjuvante nova?
Carla: É... Eu só vim dar um oi, e... Ah, oi Charles, por que você tá aqui?
Charles: Poucos motivos, mas um deles é que eu vim ajudar... vocês? Alex, ela trabalha aqui ou é só da parte que vocês fofocam juntas sobre livro e magia?
Alex: Ah, ela... Hohohoho, ela na verdade é só da parte- Hahahaha, ela, ela é só da parte que... Fofoca, hahahahahahaha!!
Carla: Ei, qual é a graça?
Charles: Nem venha me atacar correndo, eu já passei mal quando eu tive que parar um trem de Minas em movimento, e... sim, galera, era o trem literal, não a expressão mineira pra qualquer coisa.
Carla: Tá bom, melhor eu esperar na livraria, e...
Charles: Espera, eu tava precisando ir pra lá também.
Carla: Ah, desculpa, eu posso ajudar com isso também.
Carla leva Charles pra biblioteca, onde eles ficavam um tempo, enquanto Alex voltava a cuidar da cafeteria e conversa um pouco com Carol Aran, com a Carol contando um pouco sobre uma expedição em que ela e outros marinheiros de sua tripulação tiveram que impedir uma frota de piratas somalianos, e a Alex ficava curiosa.
Alex: Uau, piratas? É a primeira vez que me diz sobre isso, mas... como se parecem?
Carol: Vi poucos de perto, mas esses são uns homens sem luz...
Alex: Não tá falando do corpo deles, né?
Carol: Foco, madame Valiant, e tô falando que são sem luz porque são ruins, eu não sou mórmon.
Alex: É...
[Pra quem não entendeu, o Livro Mórmon, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, tem citações de que Deus amaldiçoou pessoas más com a/uma pele escura, e há interpretações que os tais homens negros seriam descendentes de Caim, mas referências religiosas como essa talvez apareçam poucas vezes, até porque mórmons já se ferraram por muitos anos e já até conheci uns mórmons que não concordam com esse tipo de mensagem do livro]
Carol: Mas sabe, eles eram bem violentos, sequestram um centenas de barcos comerciais anualmente e parte do investimento deles é nesse armamento.
Alex: Caramba! Mas eles são tão fortes assim?
Carol: Sim, pelo menos naquele dia não foi tão difícil.
Avamma, enquanto isso, acabou de retornar de uma cidade vizinha, levando uma carona de Abigail que a carregou enquanto rolava em forma de bola, e Avamma aparentava não ter passado tão mal, mas resolve visitar a base do Muramasa agora que elas tinham acesso à base e podiam operar desde que ajudem eles, mas curiosamente a Melissa e a Meluisa estiveram lá antes, e até recuperaram o tal amuleto que Alyx tinha falado antes, ajudando o grupo próprio da base que já tava quase desistindo de achar, a Avamma acha estranho elas estarem lá, mas relevam e tentam conversar um pouco sobre as próximas missões.
Jane e Aline demoraram muito pra irem à cafeteria Larapink, já que tavam sem fome pra ir lá pra comer alguma coisa, com vergonha de ir conversar com as atendentes, e tentaram enrolar por um tempo, mas quando tomaram coragem, estiveram no mesmo local de antes, e agora a Alex que foi atender ela, ao saber pela Frigga da "gentileza e humildade", segundo a mesma, daquelas duas, mas Alex reconhecia claramente que a Jane é a tal filha de Naej que tava com a Tifanny e o avô Tim naquele dia.
Alex: Eu vi você umas vezes antes, como vai, Jane?
Jane: Bem, e... nossa, você é mais linda de perto!
Alex: O que vocês gostariam de tomar hoje?
Jane: Na verdade eu quis saber como é o clube de vocês.
Alex: Ah, vocês querem participar do nosso clube mesmo? Que... que honra, não? Ter uma filha de um ex-mercenário conosco, deve ter... muitas histórias, né?
Aline: Honra? Entrar nesse clube é raro? É... Por que vocês são classificadas um clube?
Alex: Mas é mesmo um clube, eu explico melhor quando terminar o trabalho de hoje.
De qualquer forma, na base do Muramasa em outro canto da cidade, Avamma e Meluisa começam a sentir uma aura que parecia surgir de repente e, quando elas foram ver, era o Marshall que usou uma Portália para trazer um dos sapos mutantes que o Charles encomendou pra pesquisarem, e elas acabam o encontrando quando ele e a Sh31la estiveram inspecionando ele cirurgicamente, pra uma pesquisa de anatomia bem simples e também pra identificarem alguma diferença externa daquele sapo pra um sapo normal, e a Meluisa e a Abigail só achavam estranho aquela pesquisa por não saberem o contexto, enquanto Avamma simplesmente ia pro Marshall e puxava ele pelo cabelo.
Avamma: Eu queria saber umas coisas sobre você.
Marshall: Ei, ei, me larga, você gostaria se eu te puxasse pelo seu rabo!?
Marshall pega a cauda da Avamma e a puxa com força, doendo nela e a fazendo soltar ele, e o Marshall corria pra perto da Meluisa e Abigail, enquanto Meluisa pega de seu cabelo uma ampola de Vapor de Diamante e faz uma barreira de gelo diamantino bem fina.
Avamma: Ei, por que!?
Meluisa: Avamma, não tá dando pra agir desse jeito com o Marshall, a gente ainda tá conhecendo ele! Por favor, façam as pazes.
Avamma: Grrr...
Marshall: É, eu queria saber direito o contexto disso, porque ciúme não pode ser, porque sou feio demais pra vocês ficarem me olhando e vocês não teriam interesse em mim mesmo se eu fosse bonito.
Avamma: Não precisa jogar na cara.
Marshall: É claro, o público sabe que vocês são todas lésbicas e sáficas.
Avamma: Eu tô falando da sua feiura, seu retardad... Digo, seu idiota!
Marshall: Falando em idiota, você já queria saber de algo sobre mim e tenho certeza que...
Meluisa: Nananão, Marshall, pensando bem, a gente acabou começando brutas demais com você, e...
Marshall: Não começaram de mal comigo, só... foram bem reclusas, até tava suspeitando que vocês iam fazer algo ruim comigo.
Avamma quebra a barreira de gelo, fazendo saírem cacos de gelo e diamante, e a Abigail a segurava e impedia, até a Avamma desistir e resolver... deixar o Marshall na dele, e eles se desculpam de forma tão anticlimática que até o Marshall acha que não ia adiantar se fosse daquele jeito, mas o Marshall tem uma ideia.
Marshall: Ei, gente, eu lembro de ter visto uma pintura de vocês numa escola em Deming que eu tava visitando, onde vocês fazem essas pinturas?
Abigail: Como você sabia que era uma pintura nossa?
Marshall: Era daquelas do John Parker batendo num Xorn, e tinha a assinatura da Laura.
Melissa: Ah é, a Laura também esteve um tempo comigo me ensinando a pintar.
Meluisa: Mas ela mostrou pra você numa viagem ou... Você viu por acaso?
Marshall: Não, que isso, realmente achei por acaso e só depois fui procurar essa Laura.
Avamma: Falando na Laura, cadê ela?
Melissa: Hendercarson, Nevada.
Avamma: Tem acesso a esse lugar?
Melissa: Sim.
Avamma: Pois vamos pra lá, tem algo que tô devendo, e Marshall, tô de olho em você, hein?
Marshall: Oh é? Pois se estivesse mesmo não teria sobrevivido.
Avamma: ...
Avamma ficava assustada, e logo se segurava com mais força em Melissa, que teleportava para Nevada, enquanto isso, Abigail convida Marshall pra cafeteria Larapink.
Abigail: Gostaria de ver nossa cafeteria de novo, 'Shall? Hoje não será de graça, mas...
Marshall: Não vou pra lá, Abigail, na verdade acho que vou ficar sozinho de novo por uns dias, se quiser, pode me ver em Deming.
Abigail: É... certo.
Meluisa: Ohohohoh, parece até que tão se gostando, hein?
Marshall: Quem dera.
Depois de um tempo, Naej e Tifanny visitam a cidade de Las Vegas pra buscarem as garotas, especificamente o Naej que foi atrás dela, ao saber por mensagens que a Jane taria esperando na cafeteria do clube, e de qualquer forma, ele acaba conversando com as duas até que voltava a Alex que tava trazendo dois copos de capuccino, e... ela se sentia interrompida.
Alex: Um sabor menta e um sabor cereja, e... quem é você- Ah, espera, você é o pai dela?
Jane: Ah? É, sim, o meu pai, e pai... tem uma que acha você legal mas não tô falando dessa.
Naej: Qual será que é?
Jane: É a...
Alex: Com licença, meninas. Ei, sir Naej, eu ouvi pela Laura que você a viu na infância, e pela Miko que você já brigou muito com a princesa que agora tá namorando ela, o que tem a dizer?
Naej: Ah, não precisa desse respeito todo não, eu...
Alex: Perdão a interrupção, mas pra alguém que teve que lutar contra gente tão perigosa sozinho ou com tão pouca companhia, eu tenho esse respeito pela coragem. Ok, prossiga.
Naej: Como eu tava dizendo mas você claramente interrompeu pra não virar um monólogo sem graça, afinal, esse episódio já tá bem arrastado e a parte principal da temporada tá congelada pra dar tempo de vocês desenvolverem... É verdade mesmo, não sei bem quem é a Miko, mas a Nouvelle disse que tava namorando uma japonesinha desse clube.
Alex: H-hã?
Naej: Eu sei, falando dessas piadas de quarta parede pra quem não pega essa punchline parece uma conspiração cósmica, mas é uma piada minha.
Alex: Ah, não é isso, afinal seria uma hipocrisia da minha parte achar isso ruim, afinal, lembro que fiz isso uma ou agora umas duas vezes.
Naej: Legal como temos tanta coisa em comum, só que a parte de ser um anão p da vida ficou com o seu avô.
Alex: HOOOOHOHOHOHOHOHO!!
Jane: Ela realmente ri assim?
Aline: Se bem que até machucada ela é bonita.
Naej: Uma nora por vez, eu já fiquei surpreso da Jane só namorar garotas e até agora nenhuma ter sido mal caminho.
Alex: Ah, perdão, e... Nossa, você é amigo da Nouvelle? Ou vocês ainda tão brigados? Não duvido que isso seja uma chama passada e...
Falando em chama, o Naej tava se sentindo incomodado e irritado por uma mosca que não tava parando de o perseguir, e a achando orientado pelo som e por ser um mero ponto preto com detalhes cinzentos voando no ar, ele aponta com o dedo direito e, incinerando, desintegra a mosca ao ponto das cinzas se diluírem no ar, até a Aline e a Alex se assustavam, mas a Jane se sentia tranquila.
Jane: Obrigada, tinha medo desse bicho pousar no meu copo.
Naej: Ah, e o seu avô ainda tá vivo? Ele tem quase a minha altura e matava uns vampiros como ninguém, eu vi ele uns dias mas depois não fui atrás.
Alex: Ah, é... Sim, ele tá vivo sim, só tá... sei lá, enferrujado.
Naej: Não é uma piada com os cabelos dele, né? Eu aprecio muito gente ruiva, um advogado, advogada... Alguém que me ajuda em processos judiciais também é, embora não do mesmo nível que o seu, e ferrugem soa ofensivo pra um cabelo tão lindo. Haha, tomatinho da Heinz.
Alex: *gasp*
Alex (pensando): Tomatinho da Heinz? O que ele quer dizer? Esse apelido foi pra mim? Mas a Laura que carrega apelidos sobre essa fruta, ele é casado, e eu tô precisando manter o meu relacionamento mais firme, ele certamente não pode tar apaixonado por mim.
Jane: Alex...
Jane e Aline saem dos bancos de sua mesa, e beijam o rosto dela – Jane beija a bochecha direita e Aline beija a bochecha esquerda –, deixando Alex corada, com a pele muito avermelhada.
Jane: Obrigada pelo serviço.
Aline: É, aquele banho foi realmente divino.
Naej: Ah, por isso te nomearam por parecer essa Deusa Vermel-
Alex: Calem a boca e saiam logo!!
Naej: Haha, ei garotas, a Patrimônio não tá tão longe daqui.
Aline: Hihihihi, Jane, o seu pai é tão engraçado!
Continua>>>
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