Boas vindas

Sejam bem vindos ao meu blog, Projeto Dream, esse blogspot eu criei para registrar uma história que eu estava criando e planejando há tanto tempo, com muitas raças, muitos poderes e muita, mas muita luta. Espero que gostem.
[Aviso: Esse blog e suas histórias podem envolver mortes, suicídios, conteúdos de duplo sentido ou explicitamente sexuais e conceitos filosóficos muito difíceis de se entender, não recomendo que você leia se for menor de idade]

25/09/2022

Fumaça Azul

> 02/10/2254; Lille, França; Universo 255-P
 Lá na França, Fugaret esteve começando a ganhar finalmente algum salário mínimo a partir daquele dia, mas também não estava vivendo bem. Ele está doente, com dívidas, e sem ninguém a seu lado, e mesmo assim ele não conseguia nenhuma saída para aquilo, acreditando que não tinha capacidade de retornar, e ele sempre fazia questionamentos, como "por que eles me desertaram?", "eu não merecia tudo aquilo", "como aquela prima suja nossa linhagem e se mantém salva, enquanto eu combato isso e sou castigado?", e com aquelas dúvidas, ele se sentia cada vez mais sujo, mais amargo, e mais opaco, e ele não entendia aquela sensação, ele tomava banho 3 vezes ao dia, e comia normalmente, até que ele foi dormir naquele dia.

> Sonhos.
???: Você acha mesmo que está certo, homem pálido?
Fugaret: O que? Cadê você? De quem é essa voz? Essa voz eu nunca ouvi antes!
 O mundo ao redor de Fugaret girava de forma estranha, a visão dele ficava turva demais até mesmo para a visão humana, mesmo que a família Redlar tenha os melhores olhos do universo, sonares de dragões soavam ao redor, e Fugaret desmaia naquele sonho, mas ao invés de acordar, Fugaret entra em uma camada ainda mais funda nos sonhos. Agora, Fugaret se sentia em um enorme mundo azul, com salas azuis, feitas de blocos azuis de tamanhos irregulares, que estranhamente se encaixavam.
???: Você não ouviu antes mesmo, seja mal-vindo ao meta-sonho, um sonho sonhado dentro do mundo dos sonhos, você não compreende o seu erro, e a realidade está gritando para que você entenda, mas esse parece o último recurso. Isso é a prova de que humanos são ignorantes demais para serem ajudados por uma força externa, e monstros são ignorantes demais para compreender a fé humana. Eu mesma, sou filha da fé.
Fugaret: Quem é você!? Se revele!
???: Não posso me revelar, se eu me revelar tão rapidamente, você não aprende.
Fugaret (irritado): Aah, PUTAIN! DE! DIABLE!
 Fugaret corria desesperadamente, corria, muito rápido, os blocos se moviam, e fingiam o impedir, e Fugaret desviava de todos aqueles movimentos, assustado por aquilo, enquanto isso, uma entidade bípede com garras negras, em mantos negros, parecia perseguir ele, e Fugaret, distraído, olhava para trás, enquanto a criatura passava ainda mais rápido, e um bloco, vindo do chão, jogava Fugaret para cima, dois blocos das paredes de lados opostos o esmagavam, e um bloco do teto o lança ao chão com força, e a entidade o pegava, sem deixá-lo vê-la de novo, e nem voltar a se mexer.
 Vozes roucas e graves, respiração pesada, algo de errado estava acontecendo, e Fugaret abre os olhos, e ele estava em um espaço completamente branco, andando sobre um lago negro, que quanto mais fundo, mais escuro, e mais vazio era o lago, enquanto tudo acima do lago era o nada, a entidade desconhecida aparecia.
Fugaret: Eu... eu te achei?
???: Que maravilha, nunca vi alguém com um nível tão alto de ansiedade assim na Terra há décadas, só pessoas muito tristes me veem, e só pessoas assustadas têm a palavra da esperança vinda de mim.
 A entidade estava sob mantos azuis, e com só suas mãos velhas e enrugadas para fora, cinzentas, esverdeadas, a esquerda com um anel preto, com o dente incisivo de seu último usuário, que morreu devido à sua dívida não concluída, e a direita suja com sangue humano, de quem o Fugaret não conhece, mas que aquele ser via quase como um marido, aquela entidade, era a Rainha de Azul, a divindade máxima encontrada nos meta-sonhos.
Rainha de Azul: Você desperdiçou sua vida, por um ano, porque não soube se desculpar.
Fugaret: Mas... eu não estava errado!
Rainha de Azul (sarcástica, prestes a rir): Louis Agassiz pensava o mesmo, seu bobalhão dos olhos vermelhos. Até parece que os Redlar e os Dermurer só tivessem respectivamente aquelas duas.
Fugaret: C-Como você sabe do meu caso com minha família?
Rainha de Azul: Você sabe... ou deveria saber. Sonhos são memórias recicladas, e nós, reis e rainhas dos sonhos, temos acesso ao plano mental de todo ser vivo, superando o que a chave mental pode bloquear.
 Ela ria, enquanto aquele mundo girava estranhamente, enquanto isso, aquele espírito negro aparecia na frente dos olhos de Fugaret, e tirando seu capuz, se revelava uma versão diferente do próprio fumante de cabelos vermelhos, com olhos maiores, mais inchados, sem bigode, e com um vape da mesma marca que ele usa até hoje, mas com uma fumaça cinzenta, morta, assustadora, como se fosse de um cigarro de tabaco, inclusive, para o nariz de Fuga, cheirava como óleo queimado, durião, mamão pobre, coisas que fediam seriamente.
???: Não caia, não, seu fresco! Você não pode desistir agora, se você desistir agora, você irá morrer, para sempre. Essa é a maior luta espiritual que você irá presenciar.
Fugaret: O que... O que...
???: Vamos... Bata nela.
 Uma manifestação similar à Julie jovem, bem menorzinha, com o kimono clássico dos artistas marciais mirins da Casa dos Redlar, e essa encarnação do passado encarava Fugaret seriamente, e ela ia logo lutar contra ele, mas o mesmo, com toda a sua força, esmaga a cabeça da manifestação, alegando que aquilo fosse o propósito daquele desafio.
Fugaret: Patetique... Patetique... Patético...
Rainha de Azul: Você falhou.
 Rainha de Azul aparecia do nada colada aos olhos de Fugaret falando aquilo, assustando ele, e quando ele vira para os lados, apareciam versões obscuras de todos aqueles que o conheciam, e eles falavam mal de Fugaret.
???: Você se sente bem? Você se sente bem sendo ofendido sem ter capacidade de se defender sem usar a violência? Ou quem sabe a ajuda de outra individualidade?
Fugaret (gritando): Cala a boca!!
???: Como eu esperava.
 Fugaret estava começando a se afundar naquele lago.
Fugaret (desesperado): O que? Se eu morrer aqui eu morro pra sempre? Não! Eu não posso passar por isso! Eu preciso de uma segunda chance! Eu preciso ser salvo! Eu entendi tudo errado! Nãããããã--

> 03/10/2254; Lille, França.
 Fugaret acorda assustado, ele olhava para os lados, e resolve ir a seu computador e criar uma nova conta, pra poder conversar com a Julie e a Dermurer-Redlar Vacation Gallery, que tinham bloqueado ele faz muito tempo, e ele consegue uma resposta, que era:

"Conta mais"

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