Boas vindas

Sejam bem vindos ao meu blog, Projeto Dream, esse blogspot eu criei para registrar uma história que eu estava criando e planejando há tanto tempo, com muitas raças, muitos poderes e muita, mas muita luta. Espero que gostem.
[Aviso: Esse blog e suas histórias podem envolver mortes, suicídios, conteúdos de duplo sentido ou explicitamente sexuais e conceitos filosóficos muito difíceis de se entender, não recomendo que você leia se for menor de idade]

23/08/2022

As Crônicas de uma Índia Gata

> 02/02/2252; floresta amazônica, Amazônia; Universo 854-P
 Em um canto distante da Amazônia, habita uma pequena tribo de amazonas, originalmente humanas, e a tribo se compõe de mulheres de porte físico belo, saudável e muito forte, e apesar da aparência relativamente fina como a de mulheres atletas comuns, elas eram fortes o suficiente para derrubar árvores com as mãos, ou quebrar o pescoço de jacarés com um único abraço, e mesmo apegadas aos animais, elas arriscam utilizar a pele deles para canalizar o poder espiritual restante deles em seus corpos por rituais particulares, além da carne e o pouco leite que coletam para se alimentarem. São nômades, preferindo alternar entre as áreas das florestas a viverem em locais fixos e trabalhosos, e mesmo dominando poucos metais, como cobre e um pouco de ferro das áreas, elas preferem usar como ferramentas para talhar suas reais armas, feitas de madeira nativa, sendo as mais poderosas os cajados de pau-brasil.
 Em fisiologia, elas já estão distantes dos humanos, com a pele naturalmente lisa, que lhes livra de coceiras, pulgas e superaquecimento, e resistente como seus músculos, elas têm caninos superiores mais pontudos, algumas unidades têm mandíbulas grossas e largas como a de humanos mais primitivos ou de homens depois de muito mewing ou cirurgias, o que ajuda na mastigação, e suas orelhas, ao invés de humanoides como o natural, são pontudas, peludas por dentro e por fora e apontadas para cima, como orelhas de gatos e lobos, e têm audição apurada para os sons da natureza, ajudando em sua linguagem única, que usa assovios e batidas à distância, como cartas sonoras. Elas nunca foram vistas pelos colonos, bandeirantes e outras tribos, vivem escondidas nas matas e sempre mudando de lugar quando possível.
 A maior exemplar é Maramá Macabá, uma mulher bela, forte e dona do cajado mais antigo de sua tribo, de quando eram humanas puras, e que o cajado acumulou mais e mais poder, e na ponta, tem talhas em forma de folhas, uma rosa e uma lâmina de machado bem pequena, que é a parte mais afiada.
 Ela nunca pensou que iria conhecer humanos além das mulheres de sua tribo, e quando terminara de achar, era um homem comum, de pele e cabelos escuros, cabeça arredondada e sorridente como uma bolacha Traquinas, e uma camisa social branca que parecia brilhar como uma armadura de mythril, e com shorts jeans azuis, um pouco sujos diferente de sua camisa, como os rios da floresta que foram purificados anos depois das guerras que o planeta passou, e ela se apaixonou por ele, e foi ajudá-lo.
 Ela o encontra perdido nos arbustos e o tira das folhas e espinhos, e ele iria ficar bravo porque suas calças jeans continuavam se sujando, mas ele esquece aquilo pelo olhar mágico de uma mulher que parecia de um outro mundo, talvez de outro planeta de alienígenas unisexuais que buscam aliens gringos para se reproduzir, talvez uma súcubo que irá devorá-lo em troca de uma noite de sexo, ou quem sabe uma entidade angelical em forma humanoide e inspiradora, como uma Istari mulher, mas o máximo que ela podia se considerar de outro mundo, é porque ela nunca foi do mesmo tipo de civilização que o príncipe de ébano que atraiu ela por ironia do destino.
O jovem: Olha, obrigado, moça, mas... eu não posso ficar aqui por muito tempo.
Maramá: Mu'into... Teum... po...
 Ela imitava as palavras do jovem, que, além de bonito, também não falava a mesma língua, os humanos nesse mundo ainda sabem suas línguas locais, mas como todos são poliglotas, é como se todos falassem uma mesma língua, mas e quando os dois personagens no diálogo não falam uma mesma língua, e o negro e Maramá acabaram parecendo a cena de Narciso e Eco, do moço dando foras, enquanto a moça só falava as últimas palavras. E no final, o jovem mal saiu 10 metros de distância dela e já é atacado por uma onça, que saltava com as patas nos ombros dele, e sua boca em direção de seu rosto. Maramá gira seu cajado, e empurra a onça, que percebe Macabá por lá, e com medo, foge. Maramá socorre o garoto, o levantando.
O garoto: Olha, obrigado de novo, mas... eu tenho que ir- droga, eu tô perdido e... espera, meu celular!
Maramá: Cerurar?
O garoto: Vou pesquisar no Maps pra saber onde eu tô!
Maramá: Mapusa, ukishe ush mapusa?
O garoto: Olha... Você não vai bater no meu celular, não é? Eu... tô ficando com medo...
Maramá: Medoh...?
O garoto: Olha... olha...
 O garoto, tímido, mostrava a tela de seu celular acesa, com o Google Maps aberto, e ela, curiosa, achava legal, e quando ele ia olhar de volta à tela para pesquisar sua localização e acionar o GPS, Maramá agarra o antebraço direito, da mão que estava segurando a "tela mágica", e puxa para sua direção, e olhava mais para o celular.
O garoto: Moça... eu tenho que ir!
Maramá: Ukishe iss marla tabuí?
O garoto: Eu não tô entendendo o que você tá falando!
 O homem chorava, ele estava sozinho naquela floresta, quase foi pego por um animal selvagem e a única companhia dele era uma mulher meio animal que não consegue entender sua linguagem, enquanto ele não tem tempo ou espaço para resolver, e Maramá, vendo ele chorando, chora junto, e as outras amazonas, sentindo as emoções tristes de sua líder, vão atrás. E então, em 12 direções diferentes, 12 mulheres de fisiologia semelhante à de Maramá, mas com pinturas, estaturas e estrutura da mandíbula diferentes, juntas com animais da floresta, cercavam o garoto.
Maramá: Ho, vuer cheg hasar! Ich nitze cohwa.
 As garotas acalmam o jovem, que também estava muito confuso com aquilo, enquanto Maramá põe as mãos no rosto e se concentrava para poder se ligar com a mente dele, e assim entendê-lo, e o jovem não queria se unir mentalmente com ela, mas sendo a única coisa que eles dois queriam mutuamente o ato de se entenderem, Maramá entende língua portuguesa brasileira atual, enquanto o jovem, chamado de Luan Garcia Jeimison - nome esse descoberto acidentalmente pela telepatia de Macabá -, aprende as duas linguagens usadas pelas amazonas, embora que, por ele não saber assoviar, ele não poderá usar a língua das cartas mentais.
Luan: O que aconteceu?
Maramá: Eu... eu tô te ouvindo! Isso deu certo?
Luan: Que macumba foi essa?
Maramá: Não sei o que é macumba, mas eu juro que o que eu fiz foi muito mais simples!
 Ela fazia um sorriso de orelha a orelha, enquanto suas bochechas se levantavam, movendo as pálpebras de baixo nos olhos, e suas orelhas ficavam mais eretas.
Maramá: Magia!
Luan: Eu nunca gostei de magia, sempre achei que isso fosse motivo de roteiro preguiçoso.
Maramá: Espera, o que você quer dizer com isso?
Luan: É... lá onde eu moro a magia meio que não tem o mesmo valor que vocês sentem.
 Uma das tribais chama Maramá e diz para ela se levantar, achando que Luan não fosse flor que se cheire, mas Maramá Macabá, em contrapartida, prepara seu bastão para afastar elas.
Maramá: A gente se juntou pra ajudar o homem, eu não vou aceitar a falta de respeito que cês tão tendo com ele. Vamos levar ele pra onde quer que ele more e poderemos viver em paz.
Amazona 1: Você não irá fornicar com o sujeito?
Maramá: Não, vocês sabem que não é porque vamos conhecer um homem de fora que devemos fazer relações com ele.
Amazona 1: Haha, e o seu pretendente está fugindo.
Maramá: Hã?
 E quando ela olha, seu parceiro já desapareceu, e ela se ajoelhava e pensava sobre onde ele teria passado.
Maramá: Eu... converso com ele depois, garanto que ele vai sentir saudades, e irá até mim de propósito.

> 13/02/2252; Sonhos.
 Maramá não teve paciência, e mesmo longe de seu amado, meditou até poder se desprender de seu corpo, e viajou pelo plano astral, o buscando no reino dos sonhos, e quando eles se encontram, Luan não reconhecia ela no sonho, e agindo naturalmente naquele plano de existência, eles conversavam.
Luan: Eu esqueci de te ver, mas não como se eu tivesse chance, tem muita coisa numa floresta tão densa como a que nós moramos.
Maramá: Nós?
Luan: É, a cidade onde eu moro não fica longe da floresta, e aqui, os animais de estimação mais comuns são araras e papagaios.
Maramá: Nunca tivemos animais de... estimação, só os animais que conhecemos nas florestas, que temos um elo mental momentaneamente, e bom... Eu vou ter que ir.

> 14/02/2252; Caruari, Amazônia.
 No mundo real, à luz do dia, Luan começou a receber mensagens de Maramá Macabá, seja por telepatia ou por animais encantados para poderem falar com ele, e então, às 17:30, ele sai do seu trabalho de transportador logístico, e entra na floresta, sem medo, e então, ele foi pego, não por animais sem controle, mas sim por flechas das amazonas, que furam ele, e o fazem cair de joelhos e mãos no chão. Sangrando, ele chamava o nome de Maramá Macabá, que percebe o ocorrido, e furiosa, ela se virava contra suas amigas e irmãs.
Maramá: O que vocês fizeram com ele?
Amazona 1: Ele que ousou pisar na floresta.
Maramá: Não invente desculpas, por que ele é tão especial pra ser tratado dessa forma?
Amazona 1: Oras, por que ele é especial de ser permitido de passar entre nós?
Maramá: Simples, qualquer humano tem permissão de passar pela natureza, ele só não tem direito de fazer mal a ela. E como punição por tirar uma vida inocente, você não penar!
 Maramá assovia à sua adversária, e levantava seu cajado, demonstrando seu poder sobre o espírito dela, a causando dor, tristeza e medo, e assim, quebrava a sua consciência, e depois, Maramá tira uma folha de madeira de seu cajado, e transmutando-o numa lâmina, perfura o seu coração. Depois disso, ela enterra ambos Luan e sua ex-amiga, igualmente, sem uma lápide, apenas cobertos por terra e folhas caídas e secas.
Amazona 2: Por que o esforço de enterrar ambos assim da mesma forma?
Maramá: Bem, mesmo eu me apegando mais a um homem que acabei de conhecer, eu já sei que, depois que minha amiga perdeu a esperança, e por isso, não poderá viver no reino espiritual, e nem poderá reencarnar. *sigh* Mas no fim, somos todas iguais.

Fim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário