A criatura que uiva no céu

> 05/07/2263; Calabouso do deus do sangue, planeta Hunkal; Universo 255-P
 Enquanto os impérios e repúblicas dos sauros hunkalianos tinham sua vida normalmente, tendo como a real diferença de que, em vez das notícias de desaparecimentos, agora haviam notícias da seita do deus do sangue, os próprios cultistas acabaram de receber uma visita vagamente inesperada: Lapnitis realmente chegou ao planeta Hunkal à procura só e exclusivamente dessa seita, e bem, não parecia que queriam ele por perto.

Deus do sangue: Mas o que?? Isso é impossível, a estrela que governa esse planeta, Yol'Shun, é uns 300 anos-luz do seu planeta.
Lapnitis: Bom, já que me conhece, seja porque minha deidade já te conhece ou pela ligação minha com suas adagas de obsidiana, você podia saber que você me modificou para me tornar imortal.
Deus do sangue: Mas os meus poderes não são mais seus desde quando você preferiu essa criatura maldita que se aloja no seu Ego, você é um merda!
Lapnitis: Quem se torna escravo de um deus é aquele que menos aproveita o conceito de sua religião. Eu não ligo para você.
Deus do sangue: Isso já foi o bastante, servos, peguem ele!
 Os hunkalianos servos do deus do sangue, armados com lâminas de obsidiana e trajes de couro de búfalos titânicos nativos desse planeta, se viravam contra Lapnitis, que aciona o Type-T para armar todos eles em uma armadilha temporal. Todos presos em uma única bolha do tempo, que ia ficando cada vez mais cheia conforme os sauros forçavam a avançar, e então, com a adaga de obsidiana, Lapnitis golpeia um por um, seja pela nuca, costas, os lados da garganta ou no rosto, e nenhum parecia resistir o suficiente após Lapnitis empurrar para fora 13 daqueles sauros enquanto saía da bolha temporal, o meio mais rápido de desativá-la.
Deus do sangue: Mas... mas o que?
Lapnitis: Pois é, eu não sigo nenhuma regra, estamos num combate, combates só têm regras quando o objetivo não é matar alguém, e o único ponto que tô ganhando aqui é que você tá sendo um merda.
 O deus do sangue estava muito irritado, e golpeia Lapnitis fazendo saírem lâminas modeladas do próprio sangue dele, mas Lapnitis usa o Type-T para enganar o deus do sangue com sua bolha temporal, enquanto quebra essas lâminas do seu corpo e se medica com uma substância poderosa que ele esteve carregando durante esses meses.

 O deus do sangue, estranhando o Lapnitis parecer estar parado no tempo próximo dele, o encarava, e via como aquela bolha do tempo funciona, uma bolha invisível, iônica, que anula o fluxo de energia usado para poder quantificar o tempo, uma força de natureza que vai além do entendimento abaixo do básico daquela entidade, e então, o deus do sangue, sentindo o corpo do Lapnitis começando a se mexer, chama outros de seus servos, enquanto o mesmo, ainda na forma de um hunkaliano, se desfazia em uma névoa vermelha e desaparecia junto com o trono que lhe representava tanto poder, e então, o servo mais fiel, o anfitrião do deus do sangue, se prepara para sua última batalha, mas não adianta, o Lapnitis joga com força a sua lâmina de obsidiana contra o anfitrião, não o acerta, mas já dá espaço para, com o Lobo do Medo, o devorar por completo, e sua alma agora faz parte do seu poder.
Lapnitis: Bom, talvez seja hora de cantar a vitória, ou falar algo foda antes de sair, mas quem liga? Eu irei explodir esse lugar, eu só quis provar para esse deus... que Ele tava errado.
 Lapnitis coloca algumas bombas de Klipar, um tipo de explosivo utilizado para explodir prédios ou abrir cavernas com menos custos e equipamentos, e bem, depois ele usa o que sobrou da sua droga medicinal, acende em um cigarro, e lança na mais próxima do calabouço deles, e aquilo tudo explode.
Lobo: E então, qual é o seu próximo passo?
Lapnitis: Vamos para Stereo, lá é mais colorido, e eletrônico, e não tem esses lagartos idiotas.
 E Lapnitis voa para longe.

Continua>>>