Como Yumtun salvou o Outono

[Considerem esse episódio um especial de Outono, embora só para o Hemisfério Sul, onde eu moro]
> 21/11/2267; Taivugá, Índia; Universo MP-3224
 Era uma ótima noite com Lua de Colheita durante o Outono na Índia, tinha mais peixes nadando próximo da superfície, tinha mais frutas e vegetais para colher, e as vacas estavam produzindo mais leite, e Yumtun deixou como oferenda para a deusa Durga, principal guardiã do Templo dos Tigres na cidade de Taivugá, com uvas e um incenso de canela para a entidade, e depois, ele vai para o lado de fora comemorar com os civis.

 A festa fluía normalmente, com as mulheres dançando em ciclos, quase nenhum roubo ocorrendo na região devido à segurança dos tigresomens, Yumtun fazia amizades com todo tipo de pessoas, que por sua vez se sentiam honradas em fazer carinho nos tigres que o acompanhavam, chamados Stylo Kapanja (um tigre macho, conhecido como Pata de Aço) e Loie Kapanja (uma tigresa, conhecida como Garra de Ferro), e esses eram os que mais costumavam acompanhar Yumtun. Algo próprio da cidade é que sempre tem uma fogueira em períodos de festa, aquela fogueira no coração da cidade representava o poder de Shiva na Terra, como um fim e uma renovação constante na Terra, e às vezes é perturbadas como um símbolo para Pahapayar, um deus maligno do fogo e avatar de um deus que escolheu ter esse nome por ser o seu avatar favorito, assim como Amon, que escolheu manter o nome do deus egípcio dos ventos, Hamon, e Poora, que escolheu partes do nome Talipuura, uma deusa-demônio do sangue, do caos e do nascimento, que era uma das patronas das profetas de Derevrak.
 Porém, uma assombração começa a vir à Terra, e começa a se manifestar a partir das marcas da Superlua daquele período, uma entidade em forma de um pequeno coelho de pele preta e olhos laranja, fumando um cachimbo de prata enquanto inala e bufa os ventos frios e mornos do Outono, e ele começa as suas travessuras sobre a família Kaarajagosh, uma família nobre que cultua as entidades da Lua.

 Depois de salvarem um casal de coelhos durante um tempo de Lua de Colheita em 1814, a família Kaarajagosh foi abençoada pelo poder do Coelho da Lua, em que sempre que eles participarem dos festivais da Lua de Colheita, sejam eles coletivos em uma cidade ou pessoais somente entre a família, os membros que participarem serão fortemente abençoados, enquanto os membros declarados da família que desobedecerem a regra serão pegos pela Maldição do Coelho Negro.
 Esse coelho é invisível para os mortais, e seus sopros do fumo do seu cachimbo sempre são presenciados como ventos poderosos, somente usuários de magia, Chi ou algum poder transcendental relacionado consegue interpretar a verdadeira forma do Coelho da Lua, e é por isso que apenas se entende que ele é um "coelho negro de olhos laranja" devido à arte dos antepassados dos Kaarajagosh, ilustrando o que parecia ser como a entidade se manifestou para eles.
 A filha primogênita do patriarca dos Kaarajagosh estava muito longe de onde o núcleo da família, a fim de passar por um momento com as amigas, e isso estava sendo considerado fora da festa, devido a ela não estar participando nem da festa de Taivugá, nem da festa dos Kaarajagosh, e então, o Coelho da Lua, enquanto ninguém podia o ver ou sentir, empurra uma das moças que estavam dançando, o que parecia que ela tropeçou, e derruba uma segunda moça, depois, uma terceira, e depois, a tenda cai, começando pelo tecido da lona e depois seguindo pelas peças de madeira e metal que a suportavam, e então, a Loie e Stylo são assustado, e corriam, enquanto Yumtun tenta segurá-los e acalmá-los ao mesmo tempo, balançando guizos ou até comprando e levando carne para os dois, e em paralelo a esse evento, duas das peças de metal que se soltaram (um cabo/perna e um parafuso) iam em direção da jovem primogênita, o parafuso se solta enquanto o cabo caía na cabeça da garota, a atingindo, o Coelho canta vitória ao realizar a sua função, enquanto as pessoas socorriam a garota, e Yumtun, após acalmar os dois, coloca a moça sobre o Stylo Kapanja para que ele o leve para um hospital e que ela possa ser tratada a tempo.
 Enquanto o patriarca se irritava com a sua filha primogênita, a culpando por "não ter participado da festa por querer", e isso causou uma briga entre os membros da família, e Loie Kapanja, em outro canto da vila, por onde os Kaarajagosh moram, e sabendo do que está acontecendo, tentava ir a Yumtun avisa do caso.

Yumtun: O que? Uma maldição? Isso deve ser grave...
 Yumtun consulta o Templo dos Tigres e, rezando para Durga, ele ativa uma passagem secreta para, assim, o Yumtun se equipar com um óculos de lentes espectrais e uma lâmina de ferro de meteoro capaz de ferir entidades etéreas, de uma categoria de armas brancas muito usada nessa cidade para matar espíritos malignos, e  então, montado na tigresa Loie, Yumtun investiga a cidade e rastreia a aura do Coelho da Lua indo em direção de três primos e uma tia dessa primogênita dos Kaarajagosh, nesse caso, cunhada do patriarca e três filhos masculinos dela, e pela lei do Coelho, eles se tornariam vítimas justificáveis devido a não estarem participando do festival, e então, Yumtun e Loie superam a ventania do cachimbo do Coelho da Lua e, enquanto a Loie carregava os quatro em segurança ao hospital, induzindo o Coelho a ir a outra direção a fim de atacar de outra forma, o Yumtun, em forma de ser meio tigre e meio homem, corria em direção do Coelho da Lua, e ao se encontrarem, havia uma luta, o Yumtun golpeando com a sua faca de meteoro enquanto o Coelho se defendia com seus dentes, algo que dá errado e Yumtun decide usar parte do que ele aprendeu com hipnose e psicologia, em que, forçando a imitar um padrão, de cortes em direita, esquerda, direita, direita, esquerda, ciclicamente, depois de 10 vezes da mesma sequência, ele faz um corte para cima, cortando o coelho ao meio, e Yumtun golpeia o coelho e o coelho, irritado, tenta falar.
Coelho: Miserável, AAAAAAH!! A partir de hoje, agora você terá que carregar a responsabilidade de proteger a família Kaarajagosh, senão encarará as consequências!
Yumtun: Eles te cultuaram, e te honraram, e é assim que você trata eles, os matando só porque não se prenderam à sua gaiola de ideias, agora você que arque as consequências de ser reduzido a um mero símbolo, não mais cultuado por ter provas de que existe, mas sim por honrar os ancestrais que um dia acreditaram genuinamente.
 E Yuntum então rasga o Coelho da Lua, que se transforma em uma névoa laranja que se tornava visível aos olhos humanos. E depois daquele dia, a família Kaarajagosh vivia normalmente, sem a maldição do Coelho da Lua, mas ainda protegidos pela união de sua família, mas ainda não se sabe o que aguarda pelo destino da primogênita, ainda no hospital.

Continua>>>