Saló do Mar, episódio 5

> 05/02/2271; Lille, França; Universo 255-P
 Lyna foi convidada por Luna Pleine a ver a casa das Luna, algo muito raro, já geralmente as Luna só convidam pessoas muito íntimas ou contratadas pra algum serviço, além da Lyna ter sido conhecida em cerca de dois dias no máximo, que Pleine e Barbara mantiveram um contato por causa do curto assunto sobre ela também saber usar magia, e pelo que Nouvelle falava, embora zoando o ocorrido, "parece que está havendo uma invasão de magos na Terra", em relação delas estarem presenciando cada vez mais magia em suas vidas.
 Porém, enquanto a Casa das Luna menos esperam, uma aeronave versátil tripulada pela equipe de combate da Caranguejo, com todos os membros da sessão, a Tifanny, o Naej e a Jane, Brutus estava encarregado de proteger a Summer, Tifanny de proteger Lars, e Jane e Angera de proteger Layla, com os outros esperando como reforços, e então, eles desciam. Os guardas até reconheciam Tifanny e Jane, mas por causa delas estarem com desconhecidos, incluindo um homem conhecido por ser um mercenário muito violento e também três membros de uma família que Recóte ordenou para que só passassem ao marcarem um encontro.
 Naej já estava irritado, e salta da aeronave pra interromper aquilo, Tifanny estava indo confrontar um dos guardas logo nessa hora.
Guarda do Portão: Você não me respondeu corretamente, elas só podem cruzar com permissão da Recóte.
Tifanny: Pois a gente vai fazer elas cruzarem sem a permissão da Recó-
 Naej cai encima da Tifanny, da Jane e da Summer, os guardas não entendiam com o que aconteceu, e Naej, todo quebrado, se levantava enquanto se curava com sua transformação em fogo, e ele falava pro guarda.
Naej: Olha, o que acha deles esperarem aqui fora e a gente confere com a tal 'Ricota'?
Guarda do Portão: É... pode ser, mas olha, não vai ser fácil.
Naej: Vai ser, não quero um conflito desnecessário que acabaria com a nossa reputação mesmo.
Brutus: Esse... não era pra ser o plano B?
Summer, Lars e Layla: Shhhh.
Naej: Ok, vocês cinco ficam aí, a gente acerta as contas.
 Após entrarem na casa da família Luna, o grupo conversava com as Luna, inicialmente revendo Ártemis, Boudica, Jubuh, Nouvelle e Pleine, porém, só conversando com Luna Saang, que não ouviu a conversa toda mas reconheceu as vozes e a situação, guia até onde estava a Luna Recóte, que era lendo na labiríntica biblioteca no centro do castelo, que foi bem difícil de acessar, já que, devido à arquitetura ancestral do castelo, foi feito para ser resistente e também acessível somente por quem mora no castelo tempo o suficiente para conhecer suas passagens, depois de cruzar um corredor curvo na casa já redonda a partir dos centros, que tem outras portas, mas tirando os quartos das Lunas e dos Lunére, e atalhos para as salas comuns, tinha distrações com entradas pra paredes vazias, e por fim, uma escadaria espiral em sentido anti-horário, também vindo da arquitetura medieval, dessa vez, diferente da arquitetura feita pra defender torres, nesse caso era para cavaleiros Lunére poderem lutar de baixo com mais eficácia.
 Toda a passagem já era labiríntica, inclusive Tifanny estava tão convencida de que o plano original ia dar certo que achou que o tal plano que ela, no calor do momento, achou que era o certo, era ao menos mais rápido, porém, de qualquer forma, Luna Recóte aparece e atende o grupo, e ouvindo falar de "outros Tabin", ela para pra pensar um pouco, e pede pra Luna Nouvelle, Tifanny e Jane distraírem a Ártemis e o Jubuh, já que a surpresa seria muito chocante, mas tinha um problema.
Tifanny: É... os dois precisam saber.
L. Recóte: Ah sim- espera, non!
Naej: Meu pai já matou minha mãe, o pai da Tifanny é um filho da puta, você tem sobrinha com pai ausente, perto disso, pai com duas esposas é uma bênção.
L. Recóte: Nossa, Napoleón, esperava mais d'ocê.
L. Saang: É, tipo... falar mais educado.
Tifanny: Melhor não perder tempo, vamos!
 Tifanny, Luna Saang, Luna Recóte e Luna Nouvelle ajudam a atender a equipe de combate da Caranguejo, e os "reforços" não eram necessários, e pra esperar, eles buscam um lugar para pousar, e enfim, Lars e Jubuh pareciam se dar muito bem.
L. Jubuh: Então o fato de que filhos de Luna ainda têm a aparência herdada era real, você lembra até uma das minhas, suas...
Lars: Nossa prima? Ah, nunca vi pessoalmente, mas soube que a Pleine esteve evoluindo mesmo...
 Já Summer e Luna Recóte conversavam com Abdul Tabin, e eles repensam o pacto de separação e aquela troca de filhos, e veem que não era mais necessário, e Recóte até mesmo planeja mudar os nomes dos dois filhos "Luna" e "não-Luna" do Abdul, mas Summer diz que não era necessário, e que os filhos da Recóte com o jeito os nomes dados pela Summer, e os filhos da Summer que a Recóte deu os nomes parecia um bom elo entre os três. Luna Origi estava sem entender, mas Pleine e Nouvelle explicavam tudo, Angera estava agoniada com o jeito que eram as Luna e os Lunére, Jane e Naej ainda tinham uma interação saudável com a Luna Boudica, muito adorável e boazinha, e inclusive contam como está a Mar-Tee'na ultimamente, enquanto Brutus parecia apaixonado pela Luna Pleine, mas quando tentou puxar ela pra uma conversa, o fora não foi pelo que a Pleine era ou já foi, mas sim porque ela já está comprometida, e Brutus pergunta simplesmente...
Brutus: Qual tipo de gente você gosta de namorar?
L. Pleine: Ah, pra mulheres, bem bonitas, com uma pele macia, curvas do peito às coxas, mas de homens... eu gosto de musculoso de altura parecida com a minha, mas esses não ligam pra mim.
Brutus: Oh...
 Depois de acertarem as contas, o grupo estava sem entender onde estavam Luna Ártemis e Layla Tabin, que na verdade, estavam no quarto da Ártemis conversando sobre as experiências mágicas da Layla e sobre o "combate da Ártemis contra a pedofilia" (que na verdade era só a Ártemis xingando todo mundo que discordava dela de "pedófilo" até em conversas sobre sistemas econômicos ou gostos alimentícios pessoais), e Layla falava sobre alquimia.
Layla: E bem, você já ouviu falar de alquimia?
L. Ártemis: Ah, sim, eu tenho PDH em alquimia!
Layla: Fala os quatro estágios da pedra filosofal.
L. Ártemis: É... sólido, líquido, gasoso e... sólido de Bose-Einstein?
Layla: É, você não sabe de alquimia. Bem, sem magia, a alquimia foi um grande símbolo pra inspirar o retorno das pesquisas, usando a metáfora da transmutação de matéria para associar à evolução espiritual humana, mas com magia, tudo pode ser literal, incluindo criar a pedra filosofal, começando por Nigredo, o estágio do chumbo, ou a escuridão.
L. Ártemis: Racista! Como assim a fase preta tem que ser da escuridão?
Layla: Você já viu escuridão branca, oh gênia?
 Ártemis ficava quieta, ela realmente estava sem resposta e estava começando a ver como ela começar a discutir sem entender a situação só ia piorar.
Layla: Bem, Nigredo, o chumbo, que hoje em dia podem replicar com várias outras coisas, como pó, carvão ou grafite de lápis, mas o que importa é algo a ver com escuridão, não escuridão de negativo, e muito menos de pele escura que nem você cismou-
L. Ártemis: Tá bom, desculpa, eu me empolguei!
 Luna Nouvelle entra no quarto, assustando as duas, e Ártemis até reclamava que ela nem bateu na porta, mas a Nouvelle soa.
L. Nouvelle: E o que as duas senhoritas estariam fazendo pra precisar que eu batesse a porta e dar tempo de se arrumarem?
L. Ártemis: ... É...
Layla: Conversando sobre alquimia, cousine!
L. Nouvelle: Ótimo.
Layla: E bem, onde eu estava mesmo? Ah é.
 Layla continuava a explicação, e além do Nigredo (fase de chumbo – a escuridão inicial antes da iluminação, essa fase também representa as limitações do mundo material, isolado em um único elemento material e de pouco valor), ela também cita o Albedo (fase de prata – a iluminação inicial é sempre associada à lua, uma rocha celestial "prateada e feminina", representando também a mentoria de aspectos mentais, espirituais e de educação, e no ritual mágico, a condição da joia de nigredo que a transforma numa joia de prata envolve uma exposição natural à Lua Cheia), Citrinedo (fase de ouro – o sol é um aspecto masculino pelo seu calor e poder, embora também seja associado a vários outros tipos de divindades porque, além de iluminar, também aquece e fertiliza, no ritual, é necessário que a joia receba luz por 33 dias) e Nouvelle cita o Rubedo (fase de rubi – representa as dores de muito aprendizado, e o ato de passar suas energias adiante para algo novo, representado numa passagem de sangue para a joia, agora transformada em ouro e com poder sobre, não só a luz, mas a matéria, e com o poder do sangue, a pedra filosofal agora formada podia controlar a vida, muitos interpretam a mensagem mal, e buscam dar litros de sangue inocente para a transmutação se concluir, porém, poucas gotas de sangue, de preferência do próprio alquimista, são mais valiosas devido à nobreza do sacrifício), e Nouvelle, tendo uma ideia, chama Luna Pleine para uma coisa.
 Todo o grupo ouviu e foi conferir do que se tratava, e as irmãs resgatam, da mesma biblioteca, uma joia prateada e luminosa, e elas conversavam com Luna Origi sobre a verdadeira origem dela, que as Luna afirmam que tinham guardado por eras após a falha ao prosseguir com a criação da pedra filosofal, e que, mesmo tendo conhecimento de como fazer uma, nunca mais arriscaram, e então, Nouvelle pede pra ficar com a pedra, e elas só deixam com duas condições: de que elas cuidassem bem da joia; e de que a joia não saísse do baú em que estava guardado, pra garantir a proteção.
 Enquanto as irmãs Luna decidem cuidar da pedra da família pra presenciar a sua evolução depois de anos, e Tifanny, Naej e Jane resolvem ficar mais um tempo em Lille, Brutus e os outros vão embora, e voltam à sua base nos oceanos para seguir suas operações.

Continua>>>