Mutasonder

[Esse episódio, mesmo sendo da cronologia principal e sequência direta do ep. anterior, será marcado como spin-off porque suas jornadas são mais de segundo plano, e separando dos episódios numerados pode evitar um desperdício bem bobo, mas ao mesmo tempo que faria diferença pra contagem da história e no processo criativo]

> 16/10/2271; Deming, Novo México; Universo 255-P
 Giulia e seu grupo resolveram sair um pouco para descansarem, junto com os Oxton-Dean, depois do que a Carla passou e terem que chamar seus pais pra, além deles estarem informados do ocorrido, também darem uma noção melhor de como remediar, o que deu certo. Enquanto isso, em outros cantos da cidade, também aconteciam coisas inesperadas.
 No centro, uma dupla de mutantes com poderes de corte (um com braços de motosserra, e um que controla o ar para fazer cortes) roubou a cabeça de uma estátua que retrata o primeiro prefeito mutante de Deming, o Luke Miles, conhecido por seu poder sobre os metais, e os anéis de suas mãos, agora armazenados em um museu, serem armas poderosas pelo seu poder tornar eles em armas, e eles aproveitaram que não havia sinal nenhum da Carla para poderem roubar mais confortavelmente, porém, mesmo assim, haviam patrulheiros, ou pelo menos policiais comuns, geralmente não muito vistos por não terem tanto alcance quanto alguém que supera tanto a velocidade do som.
 Junto dos policiais, um deles consegue acessar a mente daquele que tinha as mãos de motosserra, ou melhor, serras retráteis que se formavam em seus antebraços, e começa a o alterar, logo quando o mesmo estava enfrentando Sulivan Mount, pai de Dean Mount e um dos policiais fisicamente mais fortes, com pele de diamante azul que é bem afiada porque ele a pole semanalmente depois do banho. O homem motosserra inicialmente sentia o Sulivan e as calçadas perdendo forma, depois a sua coordenação motora perdendo sentido, e bem quando ele sentia estar sonhando, em um mundo muito estranho, o corpo verdadeiro dele já foi capturado.
 O mutante que controlava o vento fugia, com a cabeça em mãos, e usando com força aqueles seus cortes de vento para baixo, o dando impulso para cima, porém, estragando o chão, e os mutantes, incomodados e inconformados com o que acabou de acontecer, resolvem ajudar os policiais, Bruce Logan, baixinho, porém robusto pela sua musculatura, com pernas grossas e cascos no lugar dos pés, que saltava com força o suficiente pra acompanhar aquele mutante, e mesmo quando o mutante ladrão lançava um vento cortante, Bruce chutava aquele corte igualmente rápido, sofreu um risco forte na perna e seu casco esquerdo foi partido, e ele caiu no chão de muito mal jeito, e os policiais mantêm sua patrulha, enquanto duas unidades mais fracas de mutantes o socorriam.
 No subterrâneo, Frederick estava ouvindo histórias da Mãe Gertrude, ele foi convidado por Bryce e Naomi para poderem ver melhor aquela "alienígena-toupeira" que ele viu anteriormente, afinal, era possível que ele a visse mais vezes, e ele e Bryce descobrem um pouco melhor o que Gertrude dizia sobre sua experiência como fazendeira, em que ela já abduziu animais já dominados pelos terrestres pra, depois, criá-los em sua antiga fazenda, cuidada por ela e seus filhos mais velhos, boa parte da produção era pra sua enorme família, enquanto o que sobrava, eles vendiam para outros planetas, porém, depois de uns séculos, ela começou a perder valor, e teve que vender suas posses e territórios até só sobrar o suficiente pra sua família sobreviver até uma nova fonte de renda, e um outro sistema planetário, o que levou, segundo os cálculos dela, cerca de um ano.
 Frederick dorme, mas Naomi e Bryce, depois de ajudarem Gertrude e seus filhos mais novos a cuidarem das plantas e dos dragões cativos, o levavam pra casa e se despediam daquela família, o pequenino nem percebeu que foi levado embora.

> cidades grandes, Kepler-22b
 Naej ajuda Bucky a conseguir um artefato que tornasse os utensilhos que ele estava manuseando em algo poderoso: Ele construiu uma bobina verde de cristal dimensional para o relógio antigo, o fazendo parar o tempo, e com ajuda de Johani e seu irmão que é técnico em engenharia a laser, criaram uma trava de segurança, pra que o Bucky não sofresse com nenhum descontrole na cronostática do relógio, como ele poder ficar preso no tempo parado por ele mesmo sem querer, e de brinde, Rachel passa um tempo com Johani, tomando chá com ela, e contando fofocas com ela.
Rachel: Então quer dizer que... vocês são mesmo dinossauros?
Johani: O meu planeta é muito parecido com o seu pra falar a verdade, só que os meus ancestrais não foram dizimados, digamos que foi que nem os macacos da Terra, mudaram de forma pra ficarmos mais fracos, e mais inteligentes, se você ver, tem primatas nas florestas, algo que você não veria se fôssemos que nem o que você achava.
Rachel: Caramba! Mas e aí? Tem tipo brontossauros e ráptores humanoides? Ou só vocês?
Johani: Bem, diria que eu sou mais Tirexiano, mas já tive avós e tataravós Brontosauríndios, mas 'Ráptores' acho que você tá falando de anões.
Rachel: Ouvi dizerem que minha avó materna era mexicana, e- ah! Falando na Terra, eu tenho um colega bem fortão, mágico, de uma dimensão espelhada do meu planeta, e não é que ele tá caidinho por um cara fraquinho da mesma cidade que eu?
Johani: O Norville? Tarde demais, ele já contou primeiro e até falou da primeira vez.
Rachel: O que? Mas já?
Johani: Uma tal de Professora Misarabua levou ele pra cá em uma de suas excursões, e Doutor Shiro que é o marido dela pediu ajuda pra uma pesquisa de campo pra uma 'arma' especial que ele tá carregando pra lá e pra cá. Aqui clonagem é brincadeira de criança, mas nas mãos de um humano qualquer coisa é uma arma, por isso tem uma lei na Alemanha sobre travesseiros.
 Rachel ria alto e Naej e Bucky foram até ver, enquanto Izabel e Jozua estavam jogando Go (um tipo de tabuleiro japonês, porém, nesse caso em uma versão própria e fiteriana) pra se distraírem enquanto também se estimulavam mentalmente, e Izabel estava perdendo muito enquanto ao mesmo tempo conseguia viradas interessantes e jogando de forma mais energética.
Jozua: O que? Como assim!? Esse jogo é difícil demais, como você aprendeu isso em dois dias?
Izabel: Sei lá, já joguei Damas com a Tifanny e Xadrez com o Citiu-ûlo, perdi em tudo, mas atirando pra todo lado uma hora eu acerto.
Jozua: Droga!

> Deming, Novo México.
 Giulia e Carla descobrem que a cabeça foi roubada da estátua do prefeito L. Miles, e como não conseguiram capturar o responsável portador a tempo, decidiram fazer uma outra, à base de concreto com um molde 3D especial, enquanto isso, o médico que acabou de curar Bruce Logan em segundos era Thales Ororo, que ao criar uma espécie de bolha com seu poder, tinha total acesso à biologia daqueles próximos num raio de 5 metros, uma telecinese médica bem simples, e parecida com a de sua esposa e enfermeira, Marilyn Ororo, que em sua bolha com raio de 5 metros tinha uma telecinese bem forte, porém, não podendo alterar conteúdo orgânico ao nível celular como seu marido, mas sim movimentar matéria, incluindo de diferentes pesos, desde que caiam na área dela.
Bruce: Hã? Onde eu tô? Ah, ufa... E aquele filho da mãe? Onde foi?
Thales: Quem exatamente?
Bruce: O cara que roubou aquela estátua, causou maior alvoroço lá fora, planejo ir atrás.
Thales: Talvez já tenham pego, senão ainda irão pegá-lo.
Marilyn: Aí, senhor, você ainda precisa descansar um pouco, não adianta a carne tar inteiramente curada se seus nervos ainda não estão prontos pra isso.
Bruce: Então por isso parece que minha perna ainda parece cortada?
Thales: Pra falar a verdade, sua perna ainda está tensa e precisamos relaxar. Então por favor, sente-se, e deixe eu aplicar isso. Marilyn, azuloide de morfina.
 Marilyn saca de sua bolsa uma seringa especial, coloca uma agulha descartável e enche o equipamento com um soro azul para o procedimento. Enquanto isso, o filho desses dois médicos, Wanderley Ororo, sai de um beco seco entre dois prédios de tijolos torrados e cimento de má qualidade, sujo de sangue, segurando a cabeça da estátua em uma mão, e a cabeça do mutante dos cortes derrotado na outra, com no corte do seu pescoço, ao invés de uma ferida brutal com goteiras de sangue, algo que parecia um portal, resultante de seu poder, que apesar de seus pais terem poderes parecidos, nenhum parecia com o que Wanderley fez, com um controle sobre o espaço o suficiente para, desde redirecionar a geometria ou a gravidade a desmontar coisas e pessoas sem os destruir.
Cabeça do mutante: Ei, isso não é justo, eu quero um advogado!
Wanderley: Tá falando isso só porque sou preto que nem meu pai e castanho que nem minha mãe, se fosse um branco feio com boné da América, você taria com medinho, então vê se me respeita, porque o filho da PUTA é você!

Continua>>>