A Febre das Montanhas

> 12/04/1894; Himalaia, Nepal; Universo 100
 Caminhando nas montanhas do Nepal, 13 homens estão subindo pelo monte à procura de mistérios, passava-se noite, dia, nevascas, tudo muito violento, machucava violentamente aqueles homens, congelados e seguindo incessantemente, porém, quando estavam a 1,099 km, 4 daqueles homens não resistiram, incluindo o expedidor Rhavi Norbu, um humano que chegou a dar uma volta ao mundo por experiência, pescou tuscomaíras nos pântanos australianos, e sobreviveu a um ataque do Kraken, mas que não suportou o grande frio do Himalaia.
 Os dois últimos a escalarem a montanha, e colocarem o brasão do clã Diamante Roxo - uma bandeira violeta escuro com marcas de ouro de verdade, com um símbolo sendo uma estrela com detalhes de um cristal, com cor roxa como ametista -, clã daqueles dois e do Sr. Norbu, eles sentiram algo estranho, e quando puderam voltar, tão rápido quanto chegaram, coisas estranhas aconteceram.

> 14/04/1894.
 Na vila natal daqueles 13 homens, os curandeiros fizeram o possível para curar a doença misteriosa, eles tinham bubões vermelhos dos braços aos ombros, e das bochechas ao topo e centro da testa, os lábios eram quebradiços, secos como alguém que ficou muito tempo de boca aberta em um dia quente, os olhos tinham uma cor amarela anormal, parecia até mesmo uma cor nova de amarelo, chamada Amarelo do Himalaia, relacionado à doença e essa cor dos olhos só terem surgido por causa da viagem ao Everest.
 Chamaram monstros, que tinham conhecimento mágico, que na época era melhor que a tecnologia humana, e mesmo assim, eles não puderam curar os dois homens, inclusive, o sangue do bubão mais próximo dos pulsos de um desses homens contaminou um dos mamídeos aliados de Piccu, que foi afastado para pesquisas. Q'Char, o mamídeo de cavalo aliado que se contaminou, passou os dias pesquisando, ainda sofrendo da dor, ele se mostrava mais forte que aqueles dois homens.

> 18/04/1894.
 Q'Char juntou ervas medicinais nos seus braços para amenizar o efeito, mas a planta que mais teve efeito foi a menta, ela refrescava os bubões, que queimavam como um banho de lava, ele não suportava e tinha pensamentos negativos devido à dor, mas a menta parecia regenerar ele temporariamente, embora não adiantasse. Ele gastou 3 quilos de menta, da carga doada por seus amigos para a pesquisa, em uma espécie de pomada que aliviava a dor, mas era para a Febre das Montanhas o que a quimioterapia era para alguém em estágio IV de câncer, ela tinha mais chances de adiar a morte do que de fato dar uma última esperança de vida.
 Um dos homens afetados morreu na cama, silencioso, imóvel, com os bubões sangrando, e Q'Char fez o possível para que a doença não se espalhasse pela vila, algo que não adiantou, e mesmo improvisando um caixão com a madeira da cidade para levar o corpo selado para um enterro com lápide, o corpo ainda assim decompôs o caixão, e espalhou a doença para outras pessoas, principalmente do clã Diamante Roxo, que morreu 80% das pessoas em um único dia, e nem mesmo a menta era eficiente para tratar as feridas de todos.
 O iniciante médico se responsabilizou a enterrar todos aqueles corpos, mas eram tantos em proporção à densidade demográfica da vila e ao espaço da vila, que ele enterrou corpos e caixões encima de mais corpos e caixões. As pessoas tiveram medo daquela doença, e viam Q'Char não como um curandeiro ou salvador, mas sim como uma entidade tão perigosa que eles tinham medo de ficar perto, um ser que castigou o clã Diamante Roxo por seus pecados, eles se desculparam e imploraram por perdão, e Q'Char, irritado, afastava os aldeões, que ele prometeu proteger.
 A doença era tão maligna que mutava para se espalhar para todas as formas, mas também era tão instável que não durava 10 horas fora do corpo humano.

> 21/04/1894.
 Q'Char não estava mais suportando aquilo, além das pomadas e faixas, o fazendo parecer uma múmia ou uma vítima de lepra dos tempos antes de Cristo, ele também estava perdendo forças, ele chamava por ajuda, por cartas e telepatia, e mesmo um aviúno (um ser como uma ave antropomórfica) de águia careca atendendo o chamado, ele não resistiu, e só enviou mensagens de que a praga piorou, para Piccu, seu superior.
 Outro aviúno de águia foi enviado para resolver aquele problema, e com um cachimbo e um conjunto de pós celestiais, ele pôde proteger as pessoas com seu fumo, parecendo retornar a Febre a seu estado original, mas as pessoas que já foram contaminadas não se curavam, e os mortos continuavam mortos, provando assim que sua forma que Muramasa ensinara de desintegrar a doença da existência não adiantava, então, como compensação, ele coletou os papéis de Q'Char, que estava em suas últimas horas, e ele diz que vai sim levar o conhecimento da doença para a humanidade. Ele sabia que não tinha como curar com os meios desse tempo, mas com o conhecimento ele poderá evitar tudo aquilo.

Fim!