Boas vindas

Sejam bem vindos ao meu blog, Projeto Dream, esse blogspot eu criei para registrar uma história que eu estava criando e planejando há tanto tempo, com muitas raças, muitos poderes e muita, mas muita luta. Espero que gostem.
[Aviso: Esse blog e suas histórias podem envolver mortes, suicídios, conteúdos de duplo sentido ou explicitamente sexuais e conceitos filosóficos muito difíceis de se entender, não recomendo que você leia se for menor de idade]

16/10/2022

A corda e a fênix

> 25/12/2249; Morte; Universo 902-CC
 A amargura da inexistência, a consciência se prende ao nada, nenhuma cor, nenhum som, nenhum sentido a ser alimentado, nenhuma necessidade física, nenhuma sensação, apenas o nada, a corda quebrou o seu pescoço, porque você deixou, você não teve o menor espírito para negar o poder de matar da corda, é como um cigarro na boca, você pode pegar o cigarro na boca, mas por que você iria fumar o cigarro? Para sofrer? Inale essa metáfora, e espere a sua volta, em que você não se lembrará mais desse espírito antigo.

> 10/10/2250; república esmeralda, planeta Parr.
 É estranho saber disso, ele também está confuso. Ele quem? Claro, o protagonista. Qual protagonista? Ele, que tem o seu corpo intacto, renovado depois da aprovação dos médicos e um pequeno processo judiciário, mas o seu espírito é completamente novo, como se fosse um clone, sem a menor lembrança do que passou antes e depois da sua auto-morte, algo que só comprova a sua família o que o grande médico, Dr. Dufamin, um marciano criado em Batatt, disse, de que mesmo que as células de memória estejam intactas, a mente renovada do suicidado revivido não irá se reconhecer como o morto original.

 Ele, assim como seus pais, irmãos e primos biológicos, é um Garlik, uma raça rara de alienígenas de categoria antropomórfica, que têm cheiro de melancia e frutas vermelhas, uma pele rosa como pitaia, cabelos em sua maioria pretos de brilho verde, e olhos capazes de ver a quarta dimensão, podendo assim prever o futuro. O garoto esteve em um hospital parriano, de paredes e chão feitos de arenito grosso, secos e fortes como as pirâmides egípcias, e decoradas com tapetes e quadros de qualidades únicas, que humanos estúpidos falariam que são só rabiscos com contextos mentirosos.
 A sua mãe, Barlihi Harlia Garlik, agradece ao médico por conceder a ressurreição, enquanto o pai, Harlahu Harbei Garlik, fica com raiva do garoto, prestes a agredí-lo, mas Barlihi, graciosa, defende o garoto. O garoto era chamado de "Dirlihi", mas ele não se sentia ser referido devidamente quando mencionam esse nome.
"Dirlihi": Quem é Dirlihi?
Barlihi: Quem mais seria, fofinho? Você!
 Ela apertava as bochechas de seu filho, algo mais como um abraço ou carinho, mas mais aceito entre os Garlik, e ele se sentia ainda mais perdido.
"Dirlihi": Mas... mas... esse é realmente o meu nome?
Barlihi: É, sim, aqui, eu tenho o seu documento desde quando eu te perdi. Foi a minha maior perda.
 Ela mostra o papel para o garoto, e era mesmo Dirlihi Harbei Garlik, de 16 anos de idade e aprovado no Curso Médio de Maquinarias Eletrônicas, algo similar a um ensino técnico para aqueles seres, e antes que ele faça mais perguntas, a sua família o leva para a casa. Durante o transporte, numa espécie de ferrovia a vapor, eles viajam quietos para a sua casa original em Parr. Os Garlik, apesar dessa família morar nesse planeta, eles não são nativos desse, mas sim chegaram lá após a paz daquele planeta, e se instalaram como uma mera família por refúgio após o planeta natal deles ter sido destruído.

> 11/10/2250.
 "Dirlihi" esteve andando pelas cidades da república esmeralda, após comprar pães, escamas douradas (como eles chamam um dos tipos de cereais daquela civilização, semelhante a milho) e leite, e ele começava a reparar como ele era facilmente reconhecido pelos outros, mas ele não reconhecia ninguém, como se ele estivesse em um mundo rodeado de rabiscos em uma forma vagamente igual à dele ou de alguns animais.
 O céu estava nublado demais, com o ar úmido, para todo mundo irá chover, mas ele acreditava que o céu iria se abrir mais uma vez. "Nada para dizer", ele pensa, "Eu estou cada vez mais perdido na nulidade da minha mente", ele continuava mentalmente, até que ele pensa, "Será que sou o único com esse tipo de coisa na mente?", e ao chegar em casa, ele guarda as compras e cumprimenta a mãe e o pai da forma de beijar as mãos. Ele depois usa um telefone celular nativo daquela civilização. No sistema irmanista são raros eletrônicos particulares, mas são disponibilizados para famílias confiáveis, e no planeta Parr tiveram muitas guerras e a implantação desse sistema foi importante para parar as guerras e as polêmicas.

> 12/10/2250.
 Dirlihi teve sonhos estranhos, a maioria envolvendo o que ele um dia já foi, ele conversa com um psicólogo sobre seus problemas e ele acaba por ouvir falar de uma tal "crise de identidade metafísica", ou "síndrome do clone" no vocabulário humano, em que ele está, sim, no mesmo corpo de sempre, e com as mesmas memórias de antes devido à fisiologia do cérebro, mas a personalidade e a identidade se alteraram devido à necessidade do corpo de criar uma nova consciência do zero.
 Ele volta para a casa confuso, mas então uma nave alienígena, de terroristas espaciais que estão atacando para implantar um império naquele planeta. Dirlihi foge, mas não pelo mesmo caminho que sua família está se escondendo, e acaba parando na nave dos terroristas.
Dirlihi: Ah, que porcaria, uma força esquisita me encurralou para ter uma aventura que eu não quer- Ai, não.
Soldados: Parado aí mesmo, você é nosso refém, qual é o seu nome?
Dirlihi: Por que querem saber meu nome?
Soldado 1: Cale a boca-
Soldado 2: Você agora é nosso refém e valerá muito por um resgate.
Dirlihi: Eu... eu sou Sabiriba Mixiraba Malaraba!
Soldado 2: ... Certo. Ei, conseguimos um bem precioso, Sabiriba, né? De onde tiraram esse seu nome?
Dirlihi: O Nome é... ele não tem significado, colocaram porque acharam fofo.
Soldado 2: É... seus pais devem ser idiotas.
Dirlihi: O que você disse?
Soldado 2: Eu disse, que, seus pais, sã-
Soldado 3: Mais uma letra e será jogado à polícia, sargento Morr! Qual é o seu próximo passo? Irritar ele pra levá-lo a uma agressão, e depois você fuzilar ele? E quanto aos reféns? O único idiota aqui é você!
Soldado 1: Ok, Sabi... vem comigo.
 A nave saía definitivamente, enquanto um dos soldados da organização terrorista deixa o Dirlihi/"Sabiriba" em uma espécie de prisão.

> espaço sideral.
 Estranhamente, a viagem espacial era muito silenciosa, e havia mais 15 prisioneiros além do Dirlihi para alguns resgates, e claro, eles irão demorar para levar de volta o "Sabiriba", para certificarem-se de seu desaparecimento, e não acharem que é um golpe, senão, eles perderiam o refém e os bens, enquanto isso, 2 desses prisioneiros não tiveram o resgate realizado, aumentando as dívidas para a busca, e 7 dos outros estão sem lar, e claramente serão descartados.
 Um dos prisioneiros, que os soldados estão usando como um escravo ao invés de refém de chantagem, é Blarg, uma criatura simbiótica que trabalha usando como base corpos de agentes penalizados dessa organização terrorista. Ele foi inicialmente pego para vender ilegalmente, como fazem com araras no Brasil, mas a criatura conseguia se mostrar mais útil para eles que os próprios humanos. Uma massa vermelha que muda de forma para diferentes ações, podendo criar garras, olhos, nariz e músculos, tendo como órgão padrão a sua boca, com dentes amarelados e um bafo horrível.
 Blarg parecia curioso por como os prisioneiros paravam ali, e sempre aparecia em sua forma normal para conversar com eles, e quando chegaram no Dirlihi, ele começa a desconfiar.
Blarg: Por que você tá aqui?
Dirlihi: Eu... eu tô aqui por um erro meu.
Blarg: Você não em parece estranho, garoto com sabores de fruta. Sua espécie evoluiu de plantas ao ponto de se tornar inteligente e mais móvel do que os animais. Você vem comigo, eu tenho um plano pra te ajudar.
Dirlihi: Você promete?
Blarg: Sim, senão, eu te devoraria sem avisos.
 Blarg cria uma garra em forma de chave, e destrava a chave de onde estava Dirlihi. O jovem garoto pergunta à coisa se ele podia soltar os outros, mas ele recusava.
Blarg: Não vai ter como soltar tanta gente que já tá condenada desde antes, e mais, você é o mais recente daqui, é o que menos sentirão falta.
Dirlihi: Isso... isso é irônico, estamos numa história, não tem como levar esse outros em segurança também?
Blarg: Pois é, mas criminosos espaciais odeiam qualquer um que viva bem, a polícia espacial já irá chegar algum dia, e bem, siga-me.
 Indo para onde tinha as cápsulas de escape, Blarg programa para que vá a o planeta Parr, mas como ele não sabe as localizações, a cápsula irá cair em um local aleatório.

> 14/10/2255; república esmeralda, planeta Parr.
 Dirlihi é resgatado, inconsciente, e levado de volta a sua família, que se preocupa muito com o ocorrido. Após o chegar da noite, ele se encontra com outro tipo de ser misterioso, em forma de um palhaço de roupas pretas, com algo que parecia quatro gravatas, de rosto similar a um emoji sorridente e com uma grande cartola em sua cabeça. Dirlihi conversava com a criatura, sem mais o medo que tinha antes, e descobre que seu nome é Glacci, e ele é um avatar de uma entidade.
Dirlihi: Droga, mais bizarrices para me perseguir.
Glacci: Sabe, você deixou de ser alguém comum após a sua ressurreição, afinal, você está mais distante de si mesmo do que se tivesse sua identidade original.
Dirlihi: Como isso funciona, entidade de seleção de cores preguiçosa?
Glacci: Sabe, a sua identidade nunca será fixa, ela sempre muda e se adapta, quando você aprende algo você deixa de ser você mesmo, quando você ganha um novo hábito você deixa de ser você mesmo, quando você passa num rio você deixa de ser você mesmo, é a típica Inarga.
Dirlihi: O que é Inarga?
Glacci: Anatta, garoto, a ausência de um "eu" permanente, porque tudo se transforma, de todas as formas, em todos os níveis, ao ponto de que o nada deixa de ser o nada e o tudo deixa de ser o tudo, é uma experiência transcendental e confusa demais para seres que eu já vi antes, mas você... você é bem especial.
Dirlihi: Eu sou um protagonista?
Glacci: Claro que não, você é de uma raça rara e poderosa no universo, e teve a experiência de ter retornado da inexistência, tendo de viver num corpo velho, com a mente nova.
Dirlihi: Isso... isso é legal.
Glacci: Bem, algo que eu quero saber. Como é a quarta dimensão nos seus olhos?
Dirlihi: Isso é uma pergunta difícil, porque eu sempre entendi que os outros seres só veem o mundo em 3 dimensões geométricas, mas eu e minha família podemos ver o mundo de forma mais completa, como se pudéssemos ver o espaço em sua vastidão mais completa.
Glacci: Só para ter certeza se você mesmo reconhece seu poder, me descreva o local em que estamos, se conseguir, também o horário.
Dirlihi: Essa é fácil. Estamos na sacada de arenito de um prédio particular da família Garlik, no quarteirão de Northstar, na república global esmeralda do planeta Parr, e são aproximadamente 8 horas e 49 minutos da noite, com o erguer da lua tripla, em um ambiente úmido devido às chuvas desse planeta.
 Depois daquela conversa, Glacci convida Dirlihi a uma viagem ao universo, e ele aceita, agora confiando no potencial daquela entidade.

Fim!

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