O abismo invertido

> ??/??/2199; espaço sideral; Universo 255-P
 Na Idade de Ouro da Viagem Espacial, os humanos exploraram a galáxia usando de suas maiores e melhores tecnologias, e graças a isso, eles descobriram a maioria dos mistérios que a humanidade antigamente tratava como irresolvíveis, irrespondíveis, como a cura do câncer, as visões após a morte, a capacidade de viajar no tempo, e o mais importante: a vida extraterrestre, aquilo que mais ajudou a humanidade.
 Quanto mais distantes da Terra, mais a Agência Galáctica dos Humanos descobria, entre essas coisas novas, existia uma variedade de relíquias. Máquinas com alto poder cósmico, como a Máquina de Joias, de uma civilização extinta desconhecida e usurpada pelos humanos, foram usadas para reciclar planetas sem recursos ou planetas errantes inabitáveis mesmo por colonizações, e só como punição planetas com vida eram usados como fonte de energia para as joias da força, da vida e da ciência. Os æsir protegem essas máquinas, para garantir a prevenção de roubos e contrabando.
 Enquanto isso, os sauros hunkalianos já investiram tanto na metalurgia e em guerras menores, que criaram diferentes metais, ligas, joias e armas para o combate, para terráqueos antes do século 22, iriam parecer armas mágicas, mas na verdade era uma união da metalurgia com a arte, com equipamentos construídos com metais e pedras fortes, talhados e pintados para parecerem mais chamativos e simbólicos, e com isso, traziam uma força espiritual anômala, algo que não era sobrenatural o suficiente para ser categorizado como magia como os humanos, shiniitas e monstros sabiam. Mas as melhores joias eram as Joias de Amantalor, construídas por uma liga de ouro com um metal hunkaliano chamado de têmpora, mas que era uma liga de césio com um metal também novo para os humanos, chamado de Crônio (Chronium em inglês), o césio era radioativo, mas não o suficiente para matar, e o crônio neutralizada os piores efeitos, além de aumentar as propriedades temporais do metal, assim podendo controlar o tempo a partir da temperatura. Amantalor é tanto a liga metálica anômala quanto o símbolo alquímico usado, semelhante a um N ao contrário, com pontos em dois dos espaços da letra, este representa o planeta D da estrela Beta Antila, sendo esse planeta o Fusrou (algo como Ares ou Marte para eles), e a estrela, para eles, Yol'Shun (coração de fogo na língua oriental hunkaliana).

 Depois de explorações no planeta Terra a fim de ajudar os terráqueos a durarem, após concluírem sua frota espacial, eles até consertaram 73% da civilização terrestre, otimizaram Marte (tornando este uma capital do Sistema Solar), e renovaram os Estados Unidos, e lá acharam o Martelo Atlante (das ruínas que restaram da Antiga Atlântida), assim tendo acesso à Krakitah (conhecida atualmente como Titan Krabs), e o Tentáculo Perdido, em uma das pirâmides de Gizé que esteve intacta mesmo depois da U.G.G., que conjurava tentáculos de Cthulhu, e foi confiado a Nahkriin, que não tinha morrido ou desaparecido como Muramasa acreditava, mas sim ascendido a um plano maior, e após retornar ao universo material, se interessou nas descobertas mágicas dos humanos daquele tempo.

 Os cavalantes, criados pelos shiniitas no planeta Coração, são algumas das criaturas já usadas como guardiões pessoais para as tribos, e em aparência, eles são animais tão grandes que poderiam pisar em baleias com uma em cada pata, e engolir um elefante sem mastigar, e são criados principalmente com sangue de dragão shiniita (um sangue rosa, brilhante, mágico, de dragões grandes e voadores), mas depois da ascensão de sua civilização, eles começaram a usar Água de Amêndoa Estelar, que tinha propriedades mutagênicas parecidas. Eles são fortes, enormes, sua voz pode ser ouvida a 100 km de distância, têm uma das estruturas musculares mais complexas já vistas na galáxia, e podem selar entidades atrozes, eventos climáticos catastróficos, fenômenos anômalos temporais, e também espíritos antidivinos.

 O espírito semidivino chamado Sombra do Cavalo, conhecido por Venros e Haraniku no passado, que habita uma grande e também pequena estrutura cúbica de múltiplos blocos por fora, mas por dentro há 4 paredes, um chão e um teto igualmente pálidos, com a tal Sombra do Cavalo passando pelas faces da sala, o lugar tem um baixo nível de realidade, possibilitando a sobrevivência de qualquer ser a curto prazo, e também possibilitando a Sombra a realizar algum desejo àquele que passar por seu domínio. Para conversar com esse ser, a Ágata Azul Celeste é como um bilhete de entrada para esse ser.
 Os desejos podem ser vastos para pessoas comuns, mas a Sombra do Cavalo tem princípios que ele próprio segue para potencializar os valores mágicos, e por sua vez, a realização de seus desejos, tais como: ele só poderá realizar um desejo por pessoa; ele não poderá desperdiçar seus desejos para matar ninguém, e nem exterminar um grupo; toda ressurreição tem que ter uma justificativa e um preço, se não tiver nem um, nem outro, nem ambos, não será realizada; mas o desejo pode ser repetido após 24 horas. Haraniku só teve direito a mais dois desejos por sua amizade de longa data.

 Embora o Programa Fênix seja o melhor protocolo de cura da história da humanidade, ainda foram necessárias novas opções para curar diferentes problemas. Remédios e cirurgias batattianas podem facilmente curar doenças antes incuráveis para humanos, os asgardianos aprenderam a estudar a genética e a imunologia para curar a Sentença de Imunodeficiência Universal (SIU, algo como AIDS/HIV espacial), e a ressurreição de corpos com o Programa Fênix e o Bloco de Lázaro (descoberto na constelação de Pégaso, na estrela Gama) só são permitidas para membros considerados de importância - segundo o Concelho, somente professores, doutores, pesquisadores e empresários sem testamento poderão ser revividos -, inclusive, caso a pessoa tiver testamento, terá menções obrigatórias sobre o desejo de ser revivido, e para realizar aqueles interessados, os corpos são conservados (por criogenia ou armazenando os ossos e o cérebro - o órgão que vai manter a consciência), mas pessoas que tiraram a sua própria vida nunca tiveram um mesmo resultado, segundo o 04, porque aqueles que desistiram de viver e decidiram cometer esse ato, já perderam a estabilidade da alma que mantinha a consciência original, e por isso, o corpo suicidado será revivido sem memória alguma de sua vida passada. Em ambos o Programa Fênix e o Bloco de Lázaro, é necessário ossos e órgãos o suficiente para cobrir mais de 50% do corpo para reanimar o corpo, tendo principalmente o cérebro e o coração, que possam reviver de forma mais rápida e econômica, enquanto com a clonagem só corpos perfeitamente iguais poderão reencarnar o portador de suas células.

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 Além de artefatos físicos, poderes também são ótimas opções para o arsenal da Agência Galáctica dos Humanos, e a sua lista mais atualizada de poderes já inclui: os olhos vermelhos espectrais (um encantamento criado pelo povo prateado e torna os sacerdotes capazes de ver espíritos e cores invisíveis para o olho humano, que é comparável ao de prateados comuns), a Runa dos Mil Helers (uma runa em forma de fechadura de porta antiga, capaz de multiplicar em 1.000 o poder do corpo encantado), Explosão Rainha (uma magia explosiva capaz de destruir todo tipo de matéria e "imatéria" - como chamam as coisas não materiais no dicionário shiniita) e a manipulação da realidade (acessada por diferentes artefatos, como o Tesseract, o Ginnungagap dos æsir, os eugenéticos e a lança quadridimensional).

 No ano exato de 2245, foi construído um planeta artificial no sistema de Nu Phoenicis, da Constelação Fênix, feito do mais puro metal de todos os tipos, incluindo aço, titânio, chumbo e metal anão (a mesma liga usada no Núcleo de Hermes, das cavernas anãs) para a carcaça resistente, prata e bronze para os circuitos elétricos ligados a um sistema de energia gravitovoltaica, com um buraco negro usado como fonte de energia, e um grande mecha com um núcleo em sua cabeça semelhante a uma chama elemental tão poderosa que, além do poder do fogo, também conduzia o poder do gelo, dos raios e do tempo, claramente ligado às correntes elétricas em cabos de crônio bombeados em césio, esse projeto foi chamado de In The End, porque aquela arma poderá ser uma esperança perfeita para enfrentar o fim dos tempos.