> 11/08/2256; Albuquerque, Novo México; Universo 255-P
A maioria dos amigos resolveu ainda ficar em Albuquerque e até dormir com a família de Tifanny, Naej e Jane, e no dia seguinte, Gohan, que resolveu dormir um pouco lá por saber que seu amigo está lá, então resolve fazer um acordo para o Naej, sabendo que assim ele pode tirar uma vantagem.
Gohan: Sabe, Naej, eu vi que você tá bem poderoso, poderoso demais pra um cara que entrega pizza e completa a renda com desenhos. Quer trabalhar pra mim?
Naej: Claro, o salário lá do Burps Pizza é menos de 900 por mês, né?
Gohan: Caramba, tá mais irrecusável do que eu pensava.
Naej: Sei lá, você tá interessado por mão de obra, né? Eu tô precisando de ajuda mais do que você.
Gohan: Bem, eu sei da sua ficha, então... por que as preocupações? Dívidas com rivais?
Naej: Na verdade é... elas duas.
Gohan: Quais duas? Tem várias.
Naej (com dificuldade de manter a calma): Olha, tá difícil dizer porque eu não quis mastigar as informações, mas... vem comigo.
Ele mostra para Gohan e seus robôs assistentes a sua filhinha Jane, dormindo.
Naej: Sabe, eu tava até que na boa sem ela, mas quando ela ainda tava na barriga da Tifanny, eu tive que trabalhar, e muito, só pra ter uma renda que sustentasse essa fofurinha.
Gohan: Ah... me desculpe, mas aí, com o que você é bom em fábricas?
Naej: Muita coisa, eu já fiz sabonete em casa, já trabalhei numa usina elétrica e também...
Gohan: Olha, você até que trabalhou com muita coisa, você já mexeu com algo mais... perigoso?
Naej: Bom... digamos que já mexi com muita arma e vendas espaciais.
Gohan: Ok, você me deu uma ideia, pode ser meu guarda-costas? Se você aguentar trabalhar por mais de um mês o emprego é todo seu, se não der certo, cê só fica com um cheque mas te deixo num emprego de 1100 por mês.
Naej: Ok, valendo agora?
Gohan: Agora.
Naej aceita o acordo, acerta a mão maior do Gohan e depois Naej escreve em um papel na geladeira avisando que ele estará fora por uns dias, então, os dois e os três robôs companheiros do Gohan saem da casa sem a Tifanny perceber, e com a Jane ainda dormindo.
> espaço sideral.
Charles, John Parker, Dragondorf, Turbalani, Carlatania e Izabel estiveram se divertindo muito, desde fazer apostas com bandidos andromedanos, que são péssimos em apostas e trapaças a propósito, nunca reconhecendo os truques do Charles e da Izabel, a também encontrarem e ajudarem Saw-2000 a lutar contra, dessa vez, uns demônios que estiveram no Tártaro e estão sendo invocados no sistema planetário de Autotar, não se sabe o por que de tantos seres malignos aparecerem num planeta tão robotizado e tecnológico, mas pelo que parece os robôs atingiram uma inteligência suficiente para, paradoxalmente, praticarem atos irracionais como idolatria e uso de magia para fins egoístas.
Mas, estranhamente, o Flash não parecia aproveitar ao máximo, mesmo humanos sendo a raça que mais se impressiona facilmente, devido à sua mente tão fraca e manipulável, e também os alienígenas sendo vistos atualmente, mesmo no terceiro mundo, como pessoas de um mesmo planeta, mas de outros países, se veem. Flash conversa com o John Parker.
Flash: Cara, como você tanka tanta coisa?
John: Simples, eu sigo o cosmicismo de Dragondorf.
Flash: Cosmicismo de Dragondorf? É um filósofo venusiano ou algo assim?
John: Dorf, você tem algum parente em Vênus?
Dragondorf: É... nem ancestrais.
John: É, ele não é um filósofo venusiano, terrestre puro.
Flash: Cara... como assim?
John: Pois é, ele aprendeu com o Muramasa, e a gente aprendeu com o Dragondorf, de que o universo inteiro é o nosso lar, porque todo lugar que a gente vá está em nosso universo, mesmo quando estamos mortos, e conforme viajamos pelo universo, admitimos que não faz sentido criticar os lugares extraterrestres se estamos num mesmo mundo que esses planetas e ainda não somos capazes de resolver.
Flash: Mas... gente! Vocês andam em planetas magnéticos como se fosse nada, batem em demônios que sangram fogo e viram seus piores medos como se vocês nem tivessem problema, eu sangrei ácido e mijei sangue por 3 dias! Como vocês não passam por isso?
Charles: Olha, garoto metido a valentão, o estresse dá mais dano a vocês e a gente que qualquer doença ou magia de fora da Terra, e na verdade, o nosso sistema imunológico tá bem treinado.
Carltania: Nem parece que ele pegou AIDS espacial, haha.
Charles: Não vamos botar os assuntos pessoais no meio! Por mais que tenham a ver com o caso.
> Pequim, China.
Harii: Muito obrigada por estar aqui com a gente, moça.
L. Nouvelle: Eu agradeço, madame... Posso mostrar uma coisa?
Harii: Sim, pode.
L. Nouvelle: Tipo, olha essa parada que minha irmã conseguiu em outro planeta.
Harii: Outro... planeta?
L. Nouvelle: Exatamente.
Nouvelle mostra um cubo de vidro com um equipamento holográfico alojado, e ligando esse aparelhos elas viam juntas um conjunto de imagens de uma terra distante da Terra, e Harii sentia uma nostalgia estranha, como jovens de 2020 vendo fotos de garagens, vizinhanças mal-desenhadas ou corredores de colegiais que nunca foram.
Harii: Nouvelle... Acho que meu pai nasceu nesse mundo.
L. Nouvelle: Q-quoi?
Harii: Sim, eu não sou natural daqui, sou filha bastarda de um extraterrestre do qual eu nunca pude ver, quem sabe, com essa coisa eu posso achar meu pai!
> 12/08/2256; Liberdade, Novíssima York.
Naej: Eu nunca conheci meu pai, que nem protagonistas de shounen clássico ou vloggers brasileiros.
Gohan: Deve ter tido uma infância tensa.
Naej: Minha mãe era brava, mas eu dava valor porque ela é a única parente que ficava perto de mim. Ela não tá mais viva, mas é isso aí, vida de protagonista, você perde seus pais e se torna um pai.
Gohan: Isso deve ter sido realmente estranho, mas aprecio o fato de você não ter sido um noia, assassino...
Naej: Eu fui assassino, mas remunerado.
Gohan: Vamos ver, tinha risco de ser um noia, um estuprador, um ancap, sei lá.
Naej: Não é pra tanto, cê tá levando isso muito a sério.
Gohan: Bom... seu cabelo tá pegando fogo.
Naej: Relaxa, é só fogo, eu... sou fogo, acontece.
Gohan: ... Olha, tenho uma reunião, na saída a gente conversa mais.
Naej: Fechou.
Continua>>>
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